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9. Saubhagya Lakshmi Upanishad (Rig Veda)




9. Saubhagya Lakshmi Upanishad


Traduzido para o Inglês por
Dr. A. G. Krishna Warrier
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library
Publicado por
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
Brasil – RJ
Novembro/2009
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Om! O discurso está enraizado em meu pensamento (mente) e meu pensamento está enraizado em meu discurso.
Sê manifesto, patente, para mim; ser-vos dois, para mim, o prego de linchamento do Veda.
Não deixe o saber Védico se afastar de mim.
Com este saber dominado, eu junto o dia com a noite.
Eu devo falar que é correto; eu devo falar que é verdade.
Que Aquele (Brahma) possa proteger-me;
Que Aquele proteja-me;
Que Aquele proteja o orador, proteja o orador.
OM! Paz! Paz! Paz!


PARTE I


1: Então os deuses disseram ao Senhor: Senhor! exponha para nós a ciência da Deusa da Prosperidade.
2: O Senhor, o Narayana primitivo, respondeu: Que assim seja. Com mentes intencionadas, todos vocês Deuses, ouçam! Com o auxílio dos quinze versos, iniciando com o verso 'hiranyavarnam' (da cor do ouro), etc., meditando nos quatro braços de Sri (a Deusa da Prosperidade), cuja forma é a Quarta, que está além da Quarta, que é suprema sobre tudo, que está presente em todos os lugares consagrados e que está envolta pelas divindades desses lugares, maiores e menores.
3: Agora, os videntes do hino em Sri composto de quinze versos são Ananda, Kardama, Chiklita e Indirasuta. Do primeiro verso, o vidente é Sri. Dos (seguintes) catorze versos, os videntes são Ananda, etc. Dos primeiros três versos, 'hiranyavarnam', etc., a métrica é Anustubh. Do verso 'Kamso'smi', a métrica é Brihati, dos dois outros Tristubh (é a métrica); dos oito próximos a métrica é Anustubh. Dos restantes, a métrica é Prastarapankti. A divindade é o Fogo, o qual é Sri. A semente é 'hiranyavarnam'. O poder é 'Kamso'smi'. A consagração dos membros é (efetuada) com as palavras hiranmaya chandra rajatasraja hiranyasraja hiranya hiranyavarna, iniciando com OM, finalizando com Namah (ou seja, saudação), e tendo os substantivos declinado no caso dativo. Próximo (seguinte) a consagração dos membros com as tríades das faces. Com os versos do Srisukta consagra-se, nesta ordem, a cabeça, os olhos, os ouvidos, o nariz, o rosto, o pescoço, os dois braços, o coração, o umbigo, [os privies], as coxas, os joelhos e as pernas.
4: Sentada no lótus imaculado
Colorido como pólen acumulado
Tendo em suas mãos de lótus
Um par de lótus e o símbolo da promessa
Do medo dissipado e bênçãos conferida;
Com coroa de jóias e ornamentos diversos
Maravilhosamente adornada – deixe Sri,
Mãe do mundo inteiro,
Promovendo nossa eterna fortuna.
5: Seu lugar: com o objetivo mantido em vista, depositado no pericarpo a semente sílaba de Sri; e nas pétala oito, pétala doze, e pétala dezesseis do lótus, a metade dos versos de Srisukta (hino em Sri); fora dele (na pétala dezesseis do lótus), (depositado) o verso 'yah sucih', etc., junto com o alfabeto (de A à La); (e fora, e em todo redor) depositado a 'semente silábica' de Sri. Além disso, desenhado os dez membros do diagrama. Em seguida, invocar a Deusa Sri.
6: Com os membros (por exemplo, 'SRAN saudação ao coração'), encerrando o primeiro (é acompanhado); como Padma, etc., encerrando o segundo; com os mantras dos Senhores do mundo, o terceiro; com aqueles suas armas, encerrando o quarto. Com o hino de Sri, invocações, etc., (deve ser feito). Dezesseis mil declarações (do hino deve ser feito).
7: Do encantamento monossilábico de Rama, a Deusa da Prosperidade, o vidente, métrica e deidade são Bhrigu, Nicird-Gayatri e Sri. O poder da semente é SAM. Os seis membros são SRIM, etc.
8: Permanecendo no lótus, lótus com olhos ,
Em sua casa, no seio de Sri Padmanabha;
Suas mãos de lótus duplamente defendem,
E garante doações e medos dissolvidos.
Brilhando como ouro polido
Banhado em águas mantidas em jarros
Pelas trombas de um par de brilhantes elefantes
Como nuvens brancas e imaculadas;
Sua coroa enfeitada com gemas agrupadas
Revestida em seda demasiadamente pura
Ungida com ungüentos doces
Que Sri possa promover nosso bem estar.
9: Sua sede: A sede de Rama (a Deusa da Prosperidade) consiste de oito pétalas, três círculos, incluindo as divisões das doze casas, e os quatro lados. No pericarpo (são inscritos) a semente do Sri, preservando o objetivo em vista. O culto dos nove poderes com as palavras 'prosperidade', 'elevação', 'gloria', 'criação', 'honra', 'humildade', 'individualidade', 'elevação' e 'bem-estar' no caso dativo, cada um tendo OM no início e Namah (saudação) no final.
10: O primeiro encerramento é feito com os membros; o segundo com Vasudeva, etc.; o terceiro com Balaki, etc.; o quarto com Indra, etc. O enunciado (do encantamento tem de ser repetido) doze vezes cem mil.
11: Sri Lakshmi, a doadora de bênçãos, a esposa de Vishnu, a doadora de bem estar, de forma dourada, e residindo no lótus. Ele segura um lótus em sua mão e ama o lótus. A pérola a adorna. Ela é a deusa da lua e a deusa do sol, é amante de folhas de bilva e é poderosa. Ela é alegria, liberação, prosperidade, acréscimo, verdade reforçada, a aragem (e o) desenvolvimento. Ela é a doadora da fortuna e a mestra da riqueza. Ela é fé, rica em prazeres, a doadora de prazeres, a defensora, a ordenadora – esses e outros termos no caso dativo, com OM no início e Namah no final, são os mantras. O assento tem oito membros com a inscrição monossilábica nele. Uns cem mil (em números) são os enunciados (dos encantamentos). A proposição é (feito com) um décimo (de cem mil). A oblação é (feita com) uma centésima parte. A gratificação do duas vezes nascido é (ganho com) uma milésima parte.
12: Adepto na ciência de Sri está reservado para aqueles que são livres de desejos; nunca para aqueles que se prendem aos desejos.


PARTE II (REFERÊNCIA AO YONI MUDRÁ)


1: Em seguida, os deuses disseram a Ele: Explique o princípio indicado pelo quarto (ou seja, o final) Maya. 'Assim seja', Ele disse:
O yoga através do yoga deve ser conhecido;
A partir do yoga, o yoga deve ser incrementado;
Quem através do yoga está sempre alerto,
De tal maneira o Yogue anseia as delícias neste lugar.
2: Desperto do sono, comendo mas pouco
Quando o alimento consumido é digerido corretamente,
À vontade estar sentado em um local isolado
Imperturbável pelas pragas, sem livre de desejos –
É esse o esforço. Além disso restringindo a respiração
E não se perdendo do caminho da prática.
3: Enchendo a boca com ar, e no assento do Fogo (em manipura)
Puxando para baixo o ar, lá prendendo,
Com os seis dedos das mãos, iniciando a partir dos polegares
Fechando os ouvidos, olhos e narinas, também,
Os yogues observam por longo tempo este caminho
A luz interior; sua mente envolta no percurso
De reflexões variadas no sagrada OM.
4: Ouvidos, boca, olhos e narinas devem forçosamente
Ser parados pelo yoga; (referência ao yoni mudrá)
Claro e sem defeito então a nota é ouvida
Na purificação do canal de Sushumna.
5: No Anahata, em seguida,
Ressonando com estranhas notas, um som é ouvido.
O corpo do yogue se torna sagrado; assim
Com esplendor preenchido e aroma celestial
Ele já não está doente;
6: Seu coração está preenchido;
Quando o espaço do coração ressoa, um Yogue ele
Se torna; rompendo o segundo nó (o nó de Vishuddhi), flui,
De uma só vez, o ar em direção à região mediana. (Anahata)
7: Posicionado no assento de lótus e outros, também,
Firmemente estabelecido o yogue deve estar.
O nó de Vishnu, em seguida, se rompe.
Delícias brotam supremas.
8: Além de Anahata, ‘a nota sem troca’,
Ergue-se o som retumbante do tambor;
Com energia, perfurando o nó de Rudra
A nota de maddala é ouvida.
9: O ar vital move sobre o Espaço Maior,
A morada segura de todas as perfeições; dali,
Ignorando o prazer da mente, o ar permeia
Todos os locais yóguicos.
10: O yoga realizado, o som todo penetrante
Tilinta e por isso é 'a sineta' distinto.
Em seguida, integrada, a mente é adorada
De sábios como Sanaka e o restante.
11: Identificando o finito com o infinito,
Os fragmentos com o Todo, deve-se meditar
Na Fonte imensa; assim a realização se estabelece
Tornando-o immortal.
12: Através da união com o Eu, evitando contato
Com outros; assim também, através da existência do Eu
É necessário opor-se ao eu oposto; assim, tornando-se
A suprema Verdade, de todas as dualidades livre,
Supremo alguém é para sempre.
13: Renúncia aos sentidos do Eu; sim,
Deste mundo, de aparência tão contrária.
Nunca mais é tristeza para o sábio,
Enraizado na Verdade transcendente.
14: Como o sal na água derrete e se funde,
Assim o eu e a mente na unidade estão homogêneos
Esta concentração é distinta.
15: Reduza a respiração e a mente se dissolve
E a Bem-aventurança homogênea é encontrada.
Esta é a concentração
16: A fusão dos eus superior e inferior
Livre de todas as imaginações,
É o modelo da concentração.
17: Libertar-se da luz do estado de vigília,
E da mente daqueles sonhos;
Libertar-se do sono que conhece nenhum outro,
Livre de tudo que causa dor;
Totalmente vazio sem reflexões –
Desta maneira é a concentração.
18: Através da visão incessantemente concentrada
Quando através do corpo não há nada;
Então o Eu sem esgotamento é percebido –
Esta, a concentração é chamada.
19: Onde quer que a mente divague,
Lá, somente lá, é a morada primeira;
Lá, somente lá, está o Supremo Brahma
Que permanece igual em toda parte.


PARTE III (REFERÊNCIA AOS CHAKRAS)


1: Próximo, os deuses disseram a Ele: Ensina-nos como discerni as nove rodas (os nove chakras). 'Assim seja igualmente', disse Ele: Na base está a roda de Brahma em forma de um círculo triplo de ondas. Naquela raiz está um poder. Deve-se meditar nele na forma do fogo. Somente lá está o assento na forma dos desejos. Ele produz os objetos de todos os desejos. Deste modo é a roda básica.
2: A segunda é a roda de Swadhisthana; ela tem seis pétalas. No centro dele está o falo voltado para o Oeste. Deve-se meditar nele como semelhante a um broto de coral. À direita dali está a 'sede da cintura’, fornecendo o poder de conquistar o mundo.
3: A terceira é a roda do umbigo, um vórtice amplo com uma forma arqueada como a de uma serpente. Meditar neste centro no ‘poder da serpente’, brilhante como um [crore] de sóis se elevando e se assemelhando a um raio. Ele tem o poder da capacidade e produz todas as perfeições. Ele é a roda (chamada) Manipuraka.
4: A roda do coração tem oito pétalas e sua face voltada para baixo. Em seu centro, no falo de luz, deve-se meditar. O símbolo (do divino Poder), aqui, é o Cisne. Ela é amada de todos e encanta todos os mundos.
5: A roda da garganta (estende-se) à largura de quatro dedos. Em sua esquerda está Ida, o nervo lunar; na direita está Pingala, o nervo solar. Em seu centro, em Sushumna de cor clara, deve-se meditar. Quem conhece deste modo, torna-se o doador da perfeição de anahata (‘a nota sem troca’).
6: A roda do palato: Lá flui o elixir imortal; a imagem do pequeno sino está no orifício de onde está suspenso ‘a paladar real’ (a úvula) a décima abertura. Deve-se meditar lá no vazio. A dissolução da mente material acontece.
7: A sétima, a roda da sobrancelha, é da medida do polegar. Lá, no olho do conhecimento, na forma de uma língua de chama, deve-se meditar. Aquela é a raiz do crânio, a roda de Ajña, o doador do poder sobre os mundos.
8: o orifício de Brahma é a roda de nirvana. Lá deve-se meditar na abertura na forma de um cordão de fumaça, mais fino que uma agulha. Lá está a sede das malhas, o produto da liberação. Portanto, ela é a roda do supremo Brahman.
9: A nona é a roda do espaço. Lá está o lótus com dezesseis pétalas, voltado para cima. Seu pericarpo no meio é da forma como o ‘triplo cume’ (o centro das sobrancelhas). Em seu centro deve-se meditar no poder se elevando, o supremo vazio. Lá, de fato, está a sede do ‘completo montado’, o instrumento de realização de todos os desejos.
10: Qualquer pessoa que constantemente estuda este Upanishad é purificado pelo fogo e pelo ar; ele vem na posse de toda riqueza, grãos, filhos bons, esposa, cavalos, terras, elefantes, animais, búfalos, assistentes femininos, yoga e conhecimento. Não mais ele retorna. Assim é esta doutrina mística.


Om! O discurso está enraizado em meu pensamento (mente) e meu pensamento está enraizado em meu discurso.
Sê manifesto, patente, para mim; ser-vos dois, para mim, o prego de linchamento do Veda.
Não deixe o saber Védico se afastar de mim.
Com este saber dominado, eu junto o dia com a noite.
Eu devo falar que é correto; eu devo falar que é verdade.
Que Aquele (Brahma) possa proteger-me;
Que Aquele proteja-me;
Que Aquele proteja o orador, proteja o orador.
OM! Paz! Paz! Paz!



Aqui termina o Saubhagya-Lakshmi Upanishad, incluído no Rig-Veda