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Homa Kuja



Homa Kuja – deve ser realizado por quem deseja remover os malefícios de Marte ao nascimento, por trânsitos ou períodos difíceis. Marte, quando aflito, traz riscos de acidentes, morte prematura, abortos ou dificuldades para ter filhos. Marte indica débitos de vidas passadas. Ele indica inimizades, fracasso em disputas, dificuldade para obter casamento, e diversos problemas. A pacificação de Marte pode ser feita através de Homa e complementada com jejum às terças e doações de artigos governados por Ele para irmãos, irmãs, cunhados (as), também às terças.

Pavitram – é um anel que se usa no anelar direito. Ele é feito de grama darbha e deve ser utilizado durante o Homa, mas também pode ser feito de outro material como ouro ou prata. Se você tiver um que possa usar, coloque-o no dedo e ore para seu Iṣṭa Devatā. Se não tiver, não se preocupe.

1. Anujñā – Permissão

Antes de começar o Homa, deve-se pensar no Senhor Gaṇeśa, o removedor de obstáculos, em seu Iṣṭa Devatā (divindade favorita), em seus pais, Ṛṣis de seu Gotra, ou os Ṛṣis e todos os seus Gurus. Deve-se recitar a solicitação abaixo.

oṁ ṛ̲ddha̲syāma̍  ha̲vyairnama̍sopa̲sadya̍ |
mi̲traṁ de̲vaṁ̍ mitra̲dheyaṁ no astu |
a̲nū̲rā̲dhān ha̲viṣā̍ va̲rdhaya̍ntaḥ |
śa̲taṁ jīve̍ma śa̲radaḥ̲ savī̍raḥ |

2. Ācamanaṁ  purificação da boca

Coloca um pouco de água na mão direita e antes de beber a água, a cada vez, repete-se o mantra abaixo. Faça três vezes, de acordo com cada mantra. Esta água será usada, posteriormente, para outros fins.



oṁ keśavāya svāhā |
oṁ nārāyaṇāya svāhā |
oṁ mādhavāya svāhā |

3. Vigneśvara Pūjā – Esta recitação deve ser feita ao Senhor Gaṇeśa (Vigneśvara) para remover os obstáculos. Coloque um punhado de arroz branco na mão esquerda e feche-a. Com os punhos cerrados, dê cinco (5) batidas de leve com as mãos dos lados da cabeça, enquanto mantém em sua mente a imagem do Senhor Gaṇeśa e repete os versos abaixo:

śuklāmbaradharaṁ viṣṇuṁ śaśivarṇaṁ caturbhujaṁ |
prasannavadanaṁ dhyāyet sarva vighnopaśāntaye ||
agajānana padmārkaṁ gajānanamaharniśaṁ |
anekadaṁ taṁ bhaktānāṁ ekadantam upāsmahe ||
vakratuṇḍa mahākāya koṭisūryasamaprabha |
nirvighnaṁ kuru me deva sarvakāryeṣu sarvadā ||

4. Prāṇāyāma – deve-se inspirar pela direita, reter, expirar pela esquerda; em seguida inspirar pela esquerda, reter, expirar pela direita, recitando (a cada vez) o Gāyatrī Mantra.


oṁ bhūrbhuvaḥ svaḥ |
tat saviturvareṇyaṁ bhargo devasya dhīmahi |
dhyio yo naḥ pracodayāt ||

5. Saṅkalpa – aqui recita-se a intenção de fazer um Homa para agradar Āṅgāraka , Kuja, a Divindade que preside sobre o planeta Marte. Coloque um punhado de akṣatas (arroz) ou uma flor em sua mão esquerda. (Se já não colocou o arroz antes, no momento de solicitar permissão ao Senhor Gaṇeśa). Esta mão deve ficar aberta, com a palma para cima, sobre o joelho direito e a mão direita deve cobri-la. Após recitação abaixo, faça um pedido. Em seguida à recitação, coloque os artigos em um pratinho em frente à divindade principal a quem o homa é oferecido.


oṁ mamopātta samasta duritakṣayadvārā śrī parameśvara prītyartham (śrī kuja) prasāda sidhyartham adya śubhadhine śubhamuhūrte (śrī kuja) (homa) karma yathāśakti kariṣye ||

6. Kalaśa Śuddhi – purificação da água.

Faça dhenu mudrā sobre o Kalaśa com água e recite 11 vezes o bīja “vaṁ”. Em seguida, recite os nomes dos rios sagrados, invocando-os naquelas águas. Pode fazer isso diretamente sobre a água que foi utilizada para o Ācamanīya, ou se preferir, use outro Kalaśa.

Dhenu mudrā - o indicador da direita toca o médio da esquerda; o indicador da esquerda toca o médio da direita. O anelar da direita toca o mínimo da esquerda e o anelar da esquerda toca o mínimo da direita. Os polegares ficam na posição como indicada na gravura. Mantenha a mudrā enquanto recita os versos abaixo. Depois desfaça-a.

vaṁ (11x)
gaṅge ca yamune caiva godāvari sarasvati |
narmade sindhu kāveri jale’smin sannidhiṁ kuru ||
amṛtaṁ bhavatu

Purificações – utilize grama dharba, ou uma flor, ou uma folha ou a colher do Ācamanīya. Coloque na água e aspirja tudo a sua volta, nesta ordem:

● Mūrti
● Kuṇḍa
● Em torno de si mesmo
● Em si mesmo


7. Agni Pratisthāpana – instalação do fogo. 

Em seguida, segure outros dois darbhas com a mão direita. Sobre o Kuṇḍa trace linhas imaginárias com estes darbhas no sentido indicado na gravura. A cada vez recite um verso, saudando as divindades nestas direções. Ao final, separe estes darbhas. Eles serão utilizados ao final do Homa em outro propósito.





1. oṁ brahmaṇe namaḥ |
2. oṁ yamāya namaḥ |
3. oṁ somāya namaḥ |
4. oṁ rudrāya namaḥ |
5. oṁ viṣṇave namaḥ |
6. oṁ indrāya namaḥ |



(a) Pegue 1 darbha e o coloque dentro do Homa Kuṇḍa (na base) com a ponta do darbha olhando para o Leste e a outra ponta para o Oeste. Coloque outro darbha lá com a ponta olhando para o Norte e a outra ponta para o Sul.

(b) Acenda um pedaço de cânfora na lamparina que está à direita do Kuṇḍa. Recite enquanto coloca esta cânfora acesa no meio do Kuṇḍa:


oṁ bhūrbhuvassuvaroṁ ||

(c) Coloque mais galhos sobre a cânfora no Kuṇḍa. Agora ore ao fogo com os versos abaixos:


kra̲vyāda̍ma̲gniṁ prahi̍ṇomi dū̲raṁ ya̲marā̎jño gacchatu ripravā̲haḥ |
i̲haivāyamita̍ro jā̲tave̎dā de̲vebhyo̎ ha̲vyaṁ va̍hatu prajā̲nan ||

(d) Faça os Saṁskaras para o fogo (purificação). Repita o verso abaixo 8 vezes e a cada vez derrame uma gota de ghee no fogo.


oṁ bhūrbhuva̲ssuva̲ḥ svāhā̎ || (8 x)

(e) Coloque dois darbhas (ou galhos) fora do Homa Kuṇḍa, em cada um dos quatro lados, Leste, Oeste, Norte e Sul.

(f) A água que foi purificada anteriormente será aspergida sobre cada um desses lados sobre os darbhas. Utilize a mesma colher que foi usada na purificação dos lábios. Siga a ordem de numeração da gravura, acompanhando com os versos numerados, e também a forma que começará e terminará a aspersão de acordo com a gravura.




1. adi̲te’nu̍manyasva |
2. anu̍ma̲te’nu̍manyasva |
3. sara̍sva̲te’nu̍manyasva |
4. deva savi̲taḥ prasu̍va |

(g) Oração a Agni (Deus do Fogo) – Recite o seguinte mantra:


ca̲tvāri̲ śṛṅgā̲strayo̍ asya̲ pādā̲ dve śī̲rṣe sa̲ptahastā̍so a̲sya |
tridhā̍ ba̲ddho vṛ̍ṣa̲bho rora̍vīti ma̲ho devo martyā̲ āviveśa |
e̲ṣa hi de̲vaḥ pra̲diśo nu̲ sarvā̲ḥ pūrvo̍ hi jā̲taḥ sa u̲ garbhe̍ a̲ntaḥ |
sa vi̲jāya̍mānaḥ sa jani̲ṣyamā̍ṇaḥ pratya̲ṅmukhā̎stiṣṭhati vi̲śvato̍mukhaḥ |
prāṅmukho deva |  he agne | mamābhimukho bhava |




8. Dikpāla Pūjā – Adoração dos Dikpālas dos quadrantes. Coloque alguns akṣatas (grãos de arroz cru) e/ou algumas flores nas respectivas direções, como mostra a ilustração, enquanto recita, um a um, os mantras destas divindades. Estes artigos são colocados em torno do kuṇḍa, não diretamente no fogo.


oṁ indrāya namaḥ | (leste, Indra)
oṁ agnaye namaḥ | (sudeste, Agni)
oṁ yamāya namaḥ | (sul, Yama)
oṁ nirṛtaye namaḥ | (sudoeste, Nrṛti)
oṁ varuṇāya namaḥ | (oeste, Varuṇa)
oṁ vāyave namaḥ | (noroeste, Vāyu)
oṁ kuberāya (ou somāya) namaḥ | (norte, Kubera)
oṁ īśānāya namaḥ | (nordeste, Īśāna)
oṁ brahmaṇe namaḥ | (alto, Brahmā)
oṁ śeṣāya (ou anantāya) namaḥ |(baixo, Ananta)
oṁ agnaye namaḥ | (centro do kuṇḍa, diretamente no fogo para Agni)
oṁ ātmane namaḥ | (leve a mão ao centro de seu anāhata, o cakra cardíaco, para Ātma)

9. Pūrvāṅgam – oferecimentos preliminares. Deve-se oferecer uma gota de ghee a cada recitação abaixo.


(a) segure a colher apontando do NW para o SE e ofereça uma gota de ghee a Prajāpati, o progenitor de todos os seres, com o mantra abaixo:

oṁ prajāpataye svāhā̎ | prajāpataya idaṁ na mama ||

(b) segure a colher apontando do SW para o NE e ofereça uma gota de ghee a Indra, o governante dos deuses, com o mantra abaixo:

oṁ indrāya svāhā̎ | indrāyedaṁ idaṁ na mama ||

(c) ofereça uma gota de ghee a Agni no meio do fogo com o mantra abaixo:

oṁ agnaye svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||

(d) ofereça uma gota de ghee a soma na metade superior do lado norte do homa kundam com o seguinte mantra:

oṁ somāya svāhā̎ | somāyedaṁ na mama ||

(e) oferecimentos de pedidos de desculpas a Prjāpati novamente, por todos os erros cometidos até aqui. Ofereça uma gota de ghee enquanto recita o mantra abaixo:

ārambhaprabhṛti etatkṣaṇaparyantaṁ madhye sambhāvita samasta doṣa prāyaścittārthaṁ sarva prāyaścittaṁ hoṣyāmi |
oṁ bhūrbhuva̲ssuva̲ḥ svāhā̎ | prajāpataya idaṁ na mama ||



10. Gaṇeśa Pūjā – antes de prosseguir com o Homa para Kuja Deva, deve-se fazer uma rápida pūjā para Mahā Gaṇapati no fogo, de modo que Ele remova todos os obstáculos. Recite o seguinte e, em seguida, prossiga com os upacāras, oferecimentos de serviços ao Senhor Gaṇeśa. Veja as gravuras das mudrās logo abaixo. Mostre cada uma das mudrās enquanto recita o específico verso.

oṁ gaṁ gaṇapataye namaḥ |

asu̍nī te̲ puna̍ra̲smāsu̲ cakṣuḥ̲ puna̍ḥ prā̲ṇamiha no̍ dehi̲ bhogaṁ̍ |
jyokpa̍śyema sūrya̍mu̲ccara̍ntamanu̍mate mṛ̱layā̍ naḥ sva̱sti |

oṁ śrī mahāgaṇapati prāṇaśaktyai namaḥ |
1. atra āgaccha | (mostre yoni mudrā)
2. āvāhito bhava | (āvāhana mudrā)
3. sthāpito bhava | (sthāpita mudrā)
4. sannihito bhava | (sannihita mudrā)
5. sanniruddho bhava | (sanniruddha mudrā)
6. avakuṇṭhito bhava | (avakuṇṭhita mudrā)
7. prasīda prasīda | (añjali mudrā)




10.1. Upacāras – oferecimento de, no mínimo, cinco serviços ao Senhor Gaṇeśa. Os artigos são oferecidos no fogo e diante da imagem/foto de Gaṇeśa, em um pratinho diante dEle.



laṁ pṛthivyātmane namaḥ | gandhaṁ samarpayāmi | (sândalo)
haṁ ākāśātmane namaḥ | puṣpaṁ samarpayāmi | (flor)
yaṁ vāyvātmane namaḥ | dhūpaṁ āghrāpayāmi | (incenso)
raṁ agnyātmane namaḥ | dīpaṁ darśayāmi | (lamparina de ghee)
vaṁ amṛtātmane namaḥ | naivedyaṁ samarpayāmi | (fruta)
saṁ sarvātmane namaḥ | sarvopacārāṁ samarpayāmi | (akṣatas simbolizando todos os oferecimentos)

Ofereça ghee no fogo a cada vez que recitar o mantra de Gaṇeśa. Faça isto 4, 8 ou 12 vezes.

oṁ gaṁ gaṇapataye namaḥ svāhā̎ ||

11. Prāṇa Pratisthāpana – invocação da divindade principal (a quem o Homa é oferecido). Esta divindade é invocada na imagem (mūrti ou foto), no fogo e no próprio devoto. Essas partes do corpo devem ser tocadas com a mão direita enquanto recita os versos.

asya śrī prāṇapratiṣṭhāpana mantrasya brahma viṣṇu maheśvarā ṛṣayaḥ (topo da cabeça) ṛgyajussāmātharvāṇi chandāsi (lábios) śrī kujo devatā (toque o anāhata) | krāṁ bījaṁ (genitais) | krīṁ śaktiḥ (pés)| krauṁ kīlakaṁ (umbigo) |

11.1 – Nyāsas (instalando a divindade no próprio corpo).

krāṁ aṅguṣṭhābhyāṁ namaḥ | (esfrega indicador no polegar)
krīṁ tarjanībhyāṁ namaḥ | (esfrega polegar no indicador)
krūṁ madhyamābhyāṁ namaḥ | (esfrega polegar no médio)
kraiṁ anāmikābhyāṁ namaḥ | (esfrega polegar no anelar)
krauṁ kaniṣṭhikābhyāṁ namaḥ | (esfrega polegar no mínimo)
kraḥ karakatala karapṛṣṭhābhyāṁ namaḥ | (esfrega palma da direita sobre palma da esquerda e vice versa)

krāṁ hṛdayāya namaḥ | (coração)
krīṁ śirase svāhā | (topo da cabeça)
krūṁ śikhāyai vaṣat | (tufo atrás da cabeça)
kraiṁ kavacāya huṁ (cruze os braços, mão direita tocado o braço esquerdo e vice-versa)
krauṁ netratrayāya vauṣaṭ | (toque os olhos e entrecenho, com anelar, médio e indicador)
kraḥ astrāya phaṭ | (estale indicador e médio da mão direita sobre a palma esquerda)
bhūrbhuvassuvaromiti digbandhaḥ | (estale os dedos da mão direita em torno da cabeça)

11.2. Dhyānaṁ

aṅgārakaṁ dharāputraṁ rudrasvedodbhavaṁ kujaṁ |
śaktihastam ajārūdhaṁ maṅgaaṁ praṇamāmyahaṁ |

11.3. Instalando a divindade no fogo e no ídolo. Imagine, ao recitar os versos abaixo, que Kuja sai de seu Anāhata e entra no fogo e no ídolo. Recite os versos abaixo.

oṁ krāṁ krīṁ krauṁ yaṁ raṁ laṁ vaṁ śaṁ ṣaṁ saṁ haṁ aṁ kṣaṁ |
oṁ haṁsaḥ so’haṁ so’haṁ haṁsaḥ |
śrī kujasya prāṇa iha prāṇaḥ |
jīva iha sthitaḥ |
sarvendriyāṇi vāṅmanastvak cakṣuḥ śrotra jihvāghrāṇa prāṇāpānavyānodānasamānāḥ ihaivāgatya sukhaṁ ciraṁ tiṣṭhantu svāhā |
sānnidhyaṁ kurvantu svāhā ||

asu̍nī te̲ puna̍ra̲smāsu̲ cakṣuḥ̲ puna̍ḥ prā̲ṇamiha no̍ dehi̲ bhogaṁ̍ |
jyokpa̍śyema sūrya̍mu̲ccara̍ntamanu̍mate mṛ̱layā̍ naḥ sva̱sti |

krāṁ krīṁ krauṁ |
oṁ śrī kuja prāṇaśaktyai namaḥ |
atra āgaccha | (mostre yoni mudrā)
āvāhito bhava | (āvāhana mudrā)
sthāpito bhava | (sthāpita mudrā)
sannihito bhava | (sannihita mudrā)
sanniruddho bhava | (sanniruddha mudrā)
avakuṇṭhito bhava | (avakuṇṭhita mudrā)
prasīda prasīda | (añjali mudrā)
yāvaddhomāvasānakam | tāvattvaṁ prītibhāvena mūrtau agnau ca sannidhiṁ kuru |

12. Pañcopacāra Pūjā – adoração de Kuja Deva com oferecimento de, no mínimo, cinco serviços.

laṁ pṛthivyātmane namaḥ | gandhaṁ samarpayāmi | (sândalo)
haṁ ākāśātmane namaḥ | puṣpaṁ samarpayāmi | (flor)
yaṁ vāyvātmane namaḥ | dhūpaṁ āghrāpayāmi | (incenso)
raṁ agnyātmane namaḥ | dīpaṁ darśayāmi | (lamparina de ghee)
vaṁ amṛtātmane namaḥ | naivedyaṁ samarpayāmi | (fruta)
saṁ sarvātmane namaḥ | sarvopacārāṁ samarpayāmi | (akṣatas simbolizando todos os oferecimentos)

13. Parivāra Devatā Āhutis – oferecimentos aos associados da Deidade principal. Faça um oferecimento de ghee a cada svāhā. Faca quatro (4) oferecimentos a cada um de seu Adidevatā (divindade governante) e ao Pratyādidevatā (divindade co-governante)

oṁ bhūdevyai svāhā̎ | (4x)
oṁ kṣetrapālakāya svāhā̎ | (4x)

14. Pradhāna Homa – aqui está a parte principal do Homa. Ofereça 4, 8, 12, 16, 21, 28, 108 ou 1008 vezes de artigos no fogo a cada svāhā̎, e quando chegar no último, ao invés de svāhā̎, diga “vauṣat

Oferecimentos podem ser:

1. uma gota de ghee; 2. sementes de gergelim; 3. havana samagri; 4. pedaços de côco seco; 5. pequenos pedaços de grama darbha; 6. pedaços de frutas vermelhas; 7. Outros artigos para Marte, como kuṁkuṁ, sândalo vermelho em pó etc.

14.1 – Mantra ensinado por Parāśara Muni para aliviar problemas apontados por Marte. É necessário conhecer a entoação dos mantras védicos para este mantra.

oṁ a̱gnirmū̱rdhā di̱vaḥ ka̱kutpatiḥ̍ pṛthi̱vyā a̱yaṁ |
a̱pā retā̍si jinvati | svāhā̎ ||

14.2 – Mantra ensinado por Veda Vyāsa Muni. Não é necessário a entoação dos mantras védicos neste mantra.

oṁ dharaṇīgarbha sambhūtaṁ vidyutkānti samaprabhaṁ |
kumāraṁ śaktihastaṁ taṁ maṅgaaṁ praṇamāmyahaṁ | svāhā ||

14.3. Outros mantras diversos hinos e mantras podem ser adicionados ao homa, lembrando que a cada verso uma gota de ghee é oferecida no fogo terminando com “svāhā” e no último oferecimento se recita “vauṣaṭ”.

15. Punaḥ Pūjā – adoração novamente. Após todos os oferecimentos de ghee e demais artigos com mantras, oferece-se novamente uma rápida adoração a Kuja Deva no fogo.

oṁ kujāya namaḥ | naivedyaṁ samarpayāmi | (fruta ou outro alimento)
oṁ kujāya namaḥ | nīrājanaṁ samarpayāmi | (acende cânfora, oscila diante do fogo e da divindade e depois coloca a cânfora no fogo)

16. Pradakṣiṇā – o devoto se levanta e circunda o Homa 1 ou 3 vezes, no sentido horário, e se senta novamente diante do kuṇḍa,

17. Uttarāṅgaṁ – votos de agradecimentos. Agradece-se a Prajāpati, o progenitor  dos mundos; em seguida aos três mundos (Bhūḥ, deus do fogo; Bhuvaḥ, deus do vento e quem controla o espaço também; e suvaḥ, deus sol para todos os reinos não material e espiritual); para Agni que leva o alimento para os deuses e faz consumível, e novamente a Prajāpati. A cada “svāhā” derrame uma gota de ghee no fogo.

oṁ prajā̍pate̱ na tvade̱tānya̱nyo viśvā̍ jā̱tāni̱ pari̱ tā ba̍bhūva |
yatkā̍māste juhu̱mastanno̍ astu va̍ya syā̍ma pata̍yo rayī̱ṇām | svāhā̎ | prajāpataya idaṁ na mama ||

oṁ bhūḥ svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||
oṁ bhuvaḥ̱ svāhā̎ | vāyava idaṁ na mama ||
oṁ suvaḥ̱ svāhā̎ | sūryāyedam na mama ||

yada̍sya̱ karma̱ṇo’tyarī̍ricaṁ yadvānyū̍namihāka̍ram |
agniṣṭa̱t svi̍ṣṭa̱kṛdvidvān sarvaṁ svi̍ṣṭaṁ̱ suhu̍taṁ karotu̱ | svāhā̎ | agnaye sviṣṭakṛta idaṁ na mama ||

oṁ bhūrbhuva̲ssuva̲ḥ svāhā̎ | prajāpataya idaṁ na mama ||

18. Prāṇāyāma novamente – deve-se inspirar pela direita, reter, expirar pela esquerda; em seguida inspirar pela esquerda, reter, expirar pela direita, recitando (a cada vez) o Gāyatrī Mantra.

oṁ bhūrbhuvaḥ svaḥ |
tat saviturvareṇyaṁ bhargo devasya dhīmahi |
dhyio yo naḥ pracodayāt ||

19. Pedidos de desculpas – mais uma vez se deve solicitar pedidos de desculpas por quaisquer erros cometidos até aqui, tanto os erros conhecidos quanto os desconhecidos, utilizando o fogo como intermédio. Derrame uma gota de ghee no fogo a cada “svāhā̎”. Este pedido é endereçado a Agni, o deus do fogo.

anā̎jñātaṁ yadājñā̍tam ya̱jñasya kri̱yate̱ mithu̍ | agne̎ tada̍sya ka̱lpa̱ya̱ tva hi vettha̍ ya̱thā̱tatham svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||
puru̍ṣasammito ya̱jño ya̱jñaḥ puru̍ṣasammitaḥ | agne̎ tada̍sya ka̱lpa̱ya̱ tva hi vettha̍ ya̱thā̱tatham svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||
yatpā̍ka̱trā manasā dī̱nada̍kṣā̱ na | ya̱jñasya̍ ma̱nvate̍ martā̍saḥ | agni̱ṣṭaddhotā kra̱tu̱vidvi̍jā̱nan | yaji̍ṣṭho de̱vān ṛ̱tu̱śo ya̍jāti̱ | svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||

19.1 três oferecimentos de ghee devem ser feitos novamente a Bhūḥ (deus fogo), Bhuvaḥ (deus vento) e Suvaḥ (deus sol), os controladores dos três mundos

oṁ bhūḥ svāhā̎ | agnaya idaṁ na mama ||
oṁ bhuvaḥ̱ svāhā̎ | vāyava idaṁ na mama ||
oṁ suvaḥ̱ svāhā̎ | sūryāyedam na mama ||

19.2 – um oferecimento final a Prajāpati como pedido de desculpas para os vários erros cometidos durante o homa com relação a pronúncia, ações, procedimentos, devoção, materiais utilizados etc.

asmin homakarmaṇi madhye sambhāvita samasta mantralopa tantralopa kriyālopa bhaktilopa śraddhālopa niyamalopa niṣṭhālopa dravyalopādi samasta doṣa prāyaścittārthaṁ sarva prāyaścittahutim hoṣyāmi |
oṁ bhūrbhuva̲ssuva̲ḥ svāhā̎ | prajāpataya idaṁ na mama ||

19.3 – um oferecimento a Viṣṇu e a Rudra Devas deve ser feito com uma gota de ghee a cada verso abaixo. Após oferecimento a Rudra, lave a mão uma vez mais. Isto é feito aspergindo um pouco de água (do pote de ācamanīya) na palma da mão direita.

oṁ śrī viṣṇa̍ve svāhā̎ | viṣṇave paramātmana idaṁ na mama ||
oṁ namo ru̱drāya̍ paśu̱pata̍ye̱ svāhā̎ | rudrāya paśupataya idaṁ na mama ||



20. Suddhānna Bali – sacrifício de arroz puro. Ofereça um punhado de arroz cozido aos associados de Kuja Deva. Isto pode ser feito com arroz cozido ou frutas. Este alimento não é comido ao final, deve ser descartado. Repita o verso abaixo enquanto oferece bali nos seis (6) cantos conforme a ilustração abaixo:

oṁ pārṣadebhyo namaḥ | baliṁ samarpayāmi |



21. Vasordhārā – fluxo de excelência. Derrame um fluxo de ghee sobre o fogo enquanto recita o Rudra Camakaṁ abaixo:

oṁ śaṁ ca̍ me̱ maya̍śca me pri̱yaṁ ca̍ me’nukā̱maśca̍ me̱ kāma̍śca me saumana̱saśca̍ me bha̱draṁ ca̍ me̱ śreya̍śca me̱ vasya̍śca me̱ yaśaśca me̱ bhaga̍śca me̱ dravi̍ṇaṁ ca me ya̱ntā ca̍ me dha̱rtā ca̍ me̱ kṣemaśca̍ me dhṛti̍śca me̱ viśvaṁ̍ ca me̱ maha̍śca me saṁ̱vicca̍ me̱ jñātraṁ̍ ca me̱ sūśca̍ me pra̱sūśca̍ me̱ sīraṁ̍ ca me la̱yaśca̍ maṛ̱taṁ ca me̱’mṛtaṁ̍ ca me’ya̱kṣmaṁ ca̱ me’nā̍mayacca me jī̱vātu̍śca me dīrghāyu̱tvaṁ ca̍ me’nami̱traṁ ca̱ me’bha̍yaṁ ca me su̱gaṁ ca̍ me̱ śaya̍naṁ ca me sū̱ṣā ca̍ me su̱dinaṁ̍ ca me ||

22. Pūrṇāhuti – completo oferecimento. O procedimento normal é colocar um côco seco inteiro, algumas moedas de metal, cúrcuma, sândalo, kuṁkuma, akṣatas em um tecido diretamente no fogo. Mas para um simples homa caseiro, pode-se colocar metade do côco seco e tudo o mais em pequena quantidade, ou apenas um pedaço de côco seco. Coloque os artigos para o pūrṇāhuti em uma colher, recite o mantra abaixo. Outra forma de oferecimento é levar o côco no topo da cabeça enquanto recita o verso abaixo. O côco simboliza o ego.

oṁ pū̱rṇāhu̱timu̍ttamāṁ ju̍hoti |
sarvaṁ̱ vai pū̎rṇahu̱tiḥ |
sarva̍me̱vāpno̍ti |
atho̍ i̱yaṁ vai pū̎rṇāhu̱tiḥ |
a̱syāme̱va prati̍tiṣṭhati |
oṁ pūrṇa̱madaḥ̱ pūrṇa̱midaṁ̱ pūrṇā̱tpūrṇa̱mudacyate |
pūrṇa̱sya pūrṇa̱mādāya pūrṇa̱mevāvaśi̱ṣyate ||
oṁ kujāya pūrṇahutiṁ samarpayāmi |

Entregue o Pūrṇāhuti no fogo recitando os seguintes versos. Derrame um pouco mais de ghee sobre este oferecimento de modo a ajudar com que ele queime completamente no fogo.



oṁ brahmārpaṇaṁ brahmahavir brahmāgnau brahmaṇā hutaṁ |
brahmaiva tena gantavyaṁ brahma karma samādhinā ||

Imagine que você está completamente entregue a Kuja Deva. O significado do oferecimento do côco no fogo é a completa entrega. O côco simboliza uma cabeça, ou ego, que deve ser sacrificado. A maioria dos rituais védicos é simbólica em relação às mudanças internas que o devoto realiza dentro de si mesmo. O símbolo aqui é a remoção dos obstáculos que bloqueiam o auto conhecimento.


23. Oferecimento final – Agni Deva carregou todos os nossos oferecimentos aos deuses. Assim, o oferecimento final é para ele. Leia os seguintes versos e derrame uma gota de ghee no fogo quando disser “svāhā̎”

sapta̱ te̍ agne sa̱midhaḥ̍ sa̱ptaji̱hvāḥ sapta ṛṣa̍yassa̱ptaḥ dhāma̍ pri̱yāṇi̍ |
sa̱pta hotrā̎ sapta̱ dhātvā̍ ya̱ja̱nti̱sa̱ptayonī̱rāpṛ̍ṇasvā ghṛ̱te̱na̱ svāhā̎ |
agnaye saptavata idaṁ na mama ||

24. Aspersão de água – a água que foi purificada anteriormente será aspergida sobre cada um desses lados com darbhas. Siga a ordem de numeração da gravura, acompanhando com os versos numerados, e também a forma que começará e terminará a aspersão de acordo com a gravura.

1. adi̲te’nva̍maṁsthāḥ |
2. anu̍ma̲te’ nva̍maṁsthāḥ |
3. sara̍sva̲te’ nva̍maṁsthāḥ |
4. deva̍ savitaḥ̱ prāsā̍vīḥ |

25. Meditação – é neste momento que se deve meditar na divindade a quem o Homa é oferecido.

26. Rakṣā (proteção) – tome os darbhas utilizados no início deste rito, aplique um pouco de ghee neles e coloque suas pontas no fogo. Quando eles estiverem em chama, remova-os do fogo e coloque-os sobre um prato de metal, deixando-os queimar. As cinzas serão utilizadas, no final do homa, para aplicar um pouco na testa do ídolo e em sua própria testa e na testa dos outros. Isto protege contra forças maléficas. Você pode guardar estas cinzas para uso futuro.

27. Udvāsana (despedida) – pegue um par de darbhas com sua mão direita e outro par com a mão esquerda. Pegue algumas flores ou akṣatas se disponíveis. Segure os darbhas com as pontas para frente. Toque os dois lados do homa kuṇḍa, toque o ídolo e coloque estes darbhas, flores e arroz em frente ao ídolo. Imagina que a energia do homa kuṇḍa foi transferida para o ídolo.

27.1 – Imagine que o Senhor Gaṇeśa volta para o seu Anāhata, enquanto recita:

asmānmūrteśca agneśca śrī mahā gaṇapatiṁ yathāsthānaṁ pratiṣṭhāpayāmi |

27.2 – Imagine que o Senhor Kuja Deva volta para o seu Anāhata, enquanto recita:

asmānmūrteśca agneśca śrī kujaṁ yathāsthānaṁ pratiṣṭhāpayāmi |

27.3 – Despeça-se de Agni, o deus fogo, enquanto recita:

agne naya̍ supathā̍ rā̱ye a̱smān viśvāni̍ deva va̱yunā̍ni vi̱dvān |
yu̱yodhya̍smajju̍hurā̱ṇameno̱ bhūyiṣṭhāṁ̍ te̱ nama̍ uktiṁ vidhema | agnaye namaḥ ||

27.4 – Concluindo – Pense no Senhor Kṛṣṇa e imagine que você mesmo não é o fazedor, mas sim o Senhor Kṛṣṇa é o fazedor que está agindo através de você. Enquanto faz isso, coloque um pouco de akṣatras na ponta de seus dedos anelar e médio da mão direita. Coloque a palma sobre um pequeno prato e com a ajuda da colher derrame água lavando assim os grãos de arroz.

mantrahīnaṁ kriyāhīnaṁ bhaktihīnaṁ hutāśana |
yaddhutaṁ tu māyā deva paripūrṇaṁ tadastu te ||
prāyaścittānyaśeṣāṇi tapaḥ karmātmakāni vai |
yāni teṣāmaśeṣāṇāṁ śrī kṛṣṇasmaraṇaṁ paraṁ ||
śrī kṛṣṇa kṛṣṇa kṛṣṇa |
kāyena vācā manasendriyairvā buddhyātmanā vā prakṛteḥ svabhāvāt |
karomi yadyat sakalaṁ parasmai nārāyaṇāyeti samarpayāmi ||

27.5 – Recite enquanto imagina que Śrī Kuja está agradado com seu homa. O fazedor do Homa é Śrī Kṛṣṇa, e ore pela paz.

anena divya maṅgaa homena bhagavān kujaḥ prīyatām | oṁ tat sat | sarvaṁ śrī kṛṣṇārpaṇamastu | oṁ śāntiḥ śāntiḥ śāntiḥ |

28. Finalização – reparta o alimento oferecido em um prato diante da divindade, utilize as cinzas sagradas que devem ser misturadas com uma gota de ghee e aplicada na testa como um ponto ou uma linha.

  













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