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Kulārṇava Tantra – Ullāsa 7

कुलार्णव तन्त्रम्
KULĀRṆAVA TANTRAM
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सप्तम उल्लासः
saptama ullāsaḥ

Sétimo Ullāsa
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Tradução para o Português a partir
do estudo das Obras em Sânscrito com comentários para o Inglês por: 

Sir John Woodroffe,
M. P Pandit,
Prachya Prakshan &
Ram Kumar Rai
 गुरवे नमः
Oṁ Gurave Namaḥ 
Traduzido para o Português por:
... uma yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva ...
Karen de Witt
2012/2013
© Todos os direitos reservados.
O livro está disponível para leitura on-line, mas não pode ser comercializado.
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As notas de rodapé, conforme citações das autoridades acima mencionadas, 
serão acrescentadas após o término das publicações dos capítulos restantes.







Śrī Devi disse

7:1 – Oh Kuleśa ! diga-me gentilmente sobre os sacrifícios para o Baṭuka etc., e os sintomas da Śakti. Oh Oceano de Gentileza ! também me fale sobre a aceitação destas coisas.

Īśvara disse:

7:2 – Ouça, Oh Devī ! estou falando o que Você me perguntou. Por meramente ouvir isto o Conhecimento Espiritual é revelado.
7:3 – A não ser que oblações sejam dadas ao Baṭuka, nenhum Devatā pode ficar satisfeito mesmo pela concentração e adoração.
7:4 – Daí, deve-se assegurar a satisfação dos Deuses pela adoração em conformidade com os Mantras e as regras dos Baṭukas etc., com incenso, flores, licor e Māṁsa.
7:5 – Sejam quais forem os Dravyas que sejam trazidos para a adoração e oferecidos eles devem, Oh Kuleśvarī ! ser oferecidos com devoção aos Kṣetrapālas.

Mantras de oblações para Baṭuka

7:6 – Estou falando sobre os Mantra do Baṭuka, Oh Kulanāyike, o qual agrada, ouça ! Por meramente adorar com estes Mantras, todas as perturbações são destruídas.

ॐ ॐ ॐ दवीपुत्र बटुकनाथ कपिल
जटा भार भास्वर पिङ्गल त्रिनेत्र ज्वालामुख !
इमां पूजां बलिं गृह्ण- गृह्ण स्वाहा ।

Oṁ oṁ oṁ devīputra baṭukanātha kapila
jaṭā bhāra bhāsvara piṅgala trinetra jvālāmukha !
imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |

7:7-9 – Este é o Baṭuka Mantra de quarenta e quatro letras, o qual se deve recitar enquanto se oferece oblações com este outro:

Balidānena santuṣṭo baṭukaḥ sarvasiddhidaḥ |
Śāntiṁ karotu me nityaṁ bhūtavetālasevitaḥ ||9||

Mantra de oblação para Yoginī

7:10-12 – em seguida o Mantra para a Yoginī, de cinquenta letras:

ॐ ॐ ॐ सर्वयोगिनीभ्यं सर्वभूतेभ्यः
सर्वभूताधिवर्त्तिताभ्यः डाकिनीभ्यः
शाकिनीभ्यः त्रैलोक्यवासिनीभ्यः
इमां पूजां बलिं गृह्ण- गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ sarvayoginībhyāṁ sarvabhūtebhyaḥ
sarvabhūtādhivarttitābhyaḥ ḍākinībhyaḥ
śākinībhyaḥ trailokyavāsinībhyaḥ
imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |

7:13 – Enquanto se oferece Bali (oblação) com o Yoginī Mantra, deve-se dizer este Mantra:

Yā kācid yoginī raudrā saumyā ghoratarā parā |
Kecarī bhūcarī vyomacarī prītāstu me sadā ||13||

Mantra de Oblações para Sarvabhūtapatiḥ

7:14 – O Mantra de dezessete letras é como se segue

ॐ ॐ ॐ सर्वभूतेभ्यः सर्वभूतपतिभ्यो स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ sarvabhūtebhyaḥ sarvabhūtapatibhyo svāhā |

7:15-16 – Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:

Bhūtā yo  vividhākārā divyā bhaumāntarikṣagāḥ |
Pātālasaṁsthā me kecicchivayogena bhāvitāḥ ||15||
Dhruvādyāḥ satyasandhāśca indrādyāḥ svarvyavasthitāḥ |
Tṛpyantu prītamanasaḥ pratigṛhṇantvimaṁ baliṁ ||16||

Mantra de oblação para os Kṣetrapālas

7:17-18 – O Mantra de sessenta e quatro letras, o qual concede todos os Siddhis, é como se segue:

ॐ ॐ ॐ देहि देहि देवीपुत्राय बटुकनाथाय उच्छिष्टहारिणे
सर्वविघ्नात नाशय नाशय गृह्ण गृह्ण रुरु क्षेत्रपाल सर्वोपचारसहितामिमां
पूजां बलिं गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ dehi-dehi devīputrāya baṭukanāthāya ucchiṣṭahāriṇe
sarvavighnāt nāśaya-nāśaya gṛhṇa-gṛhṇa ruru
kṣetrapāla sarvopacārasahitāmimāṁ
pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |

7:19 – Enquanto oferece oblações com o Mantra acima, deve-se dizer estas palavras:

Yo’smin kṣetre nivāsī ca kṣetrapālasya kiṅkaraḥ |
Prīto’yaṁ Balidānena sarvarakṣāṁ karotu me ||19||

Mantra de oblação para Rāja-Rājeśvara

7:20-27 – O Mantra de cento e sessenta letras é como se segue:

ॐ ॐ ॐ ॐ ह्सौः स्हौः ह्रां ह्रीं ह्रूं  
भैरवाधिष्ठिताय  अक्षोभ्यानन्दहृदयाभीष्टदः सिद्धार्थ अवतर अवतर क्षेत्रपाल महाशान्त मातृपुत्र कुलपुत्र सिद्धिपुत्र अस्मिन् स्थानाधिप ग्रामाधिपतयेऽस्मन् देशाधिपतये वटुकनाथ देवीपुत्र मेघनाद प्रचण्डोग्रकपाली भीषण सर्वविघ्नाधिपतये इमां पूजां बलिं गृह्ण गृह्ण कुरु कुरु मम दूरय दूरय ज्वल प्रज्वल प्रज्वल सर्व-विघ्नान् नाशय नाशय क्षां क्षं बुद्धिं क्षेत्रपालाय वौषट् ह्रूं
Oṁ oṁ oṁ oṁ hsauḥ shauḥ hrāṁ hrīṁ hrūṁ
bhairavādhiṣṭhitāya  akṣobhyānandahṛdayābhīṣṭadaḥ siddhārtha avatara-avatara
kṣetrapāla mahāśānta  mātṛputra kulaputra siddhiputra asmin sthānādhipa
grāmādhipataye’sman  deśādhipataye vaṭukanātha devīputra meghanāda  
pracaṇḍograkapālī bhīṣaṇa sarvavighnādhipataye imāṁ pūjāṁ
baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa kuru-kuru mama dūraya-dūraya jvala prajvala-prajvala
sarva-vighnān nāśaya-nāśaya kṣāṁ kṣaṁ  
buddhiṁ kṣetrapālāya vauṣaṭ hrūṁ |

7:28 – Depois de oferecer oblações com o Mantra de 160 letras acima, deve-se oferecer oblação ao Rāja-Rājeśvara e à família do Baṭuka, todos integrados. O Mantra de 28 letras para este objetivo é como se segue:

ॐ ॐ ॐ अमुक क्षेत्रपाल राज राजेश्वर इमां पूजां बलिं गृह्ण गृह्ण स्वाहा ।
Oṁ oṁ oṁ amuka kṣetrapāla rāja rājeśvara imāṁ pūjāṁ baliṁ gṛhṇa-gṛhṇa svāhā |

7:29 – Enquanto se oferece oblações com os Mantras acima, deve-se dizer estas palavras (Śloka 29):

Anena Balidānena vaṭuvaśasamanvitaḥ |
Rājarājeśvaro devo me prasīdatu sarvadā ||29||

Locais de oferecimento de oblações para os Baṭukas

7:30 – Adoração do Baṭuka é no Oeste; da Yoginī é no Norte; dos Sarvabhūtas é no Leste; e dos Kṣetrapālas no Sul. Deve-se, Oh Kulanāyike ! adorar o Rāja-Rājeśvara no Centro.

Determinação dos dedos nas oblações dos Baṭukas e outros

7:31-32 – Deve-se oferecer oblações ao Baṭuka com o polegar (Aṅguṣṭhā) e o anelar (Anāmikā); para a Yoginī com o polegar (Aṅguṣṭhā), o indicador (Tarjanā), o mediano (Madhyamā) e o anelar (Anāmikā); para os Sarvabhūtas com todos os dedos (Aṅguṣṭhā, Tarjanā, Madhyamā, Anāmikā e Kaniṣṭhikā); para os Kṣetrapālas com o polegar e o indicador; e para o Rāja-Rājeśvara com o polegar e o mediano.

Mantra e sintomas do Kula-Pūjā

7:33-35 – Depois da adoração do Baṭuka etc., deve-se mostrar o Kuladīpa. Deve-se amassar uma farinha vermelha clara muito bem e preparar nove, sete ou cinco dīpakas (uma espécie de lamparina) triangulares, da forma de um grande Damarū (um pequeno tambor). Os dīpakas devem ser do tamanho suficiente para conter Karṣa de Ghṛta neles. Portanto, unindo a luz externa com a luz interior, deve-se girar por três vezes sobre a Devī os dīpakas de infinito brilho, submetendo a Ela com o Mantra (Śloka 36):

Samastacakracakreśi deveśi sakalātmike |
Ārātrikamidaṁ devi gṛhāṇa mama siddhaye |
Kuladīpān pradarśyātha śaktipūjāṁ samācaret ||36||

Depois bebendo pela Śaktī, bebendo pelo Sādhaka

 7:37 – Depois de mostrar o Kuladīpaka, o Sādhaka deve adorar a Śakti. Depois de oferecer a bebida a sua Śakti ou a sua Vīra-Śakti (do Sādhaka), ou especialmente a Śakti iniciada, o Sādhaka deve beber ele próprio. Esta é a regra dos Śāstras.
7:38 – Oh Ambike ! o Sādhaka deve imediatamente purificar uma senhora não-iniciada. Ela deve ser purificada de acordo com as regras do Mantra da iniciação, não o contrário.
7:39 – Portanto, admitindo uma Śakti com boas características como um Devatā, deve-se adorá-la com incenso, flores e Akṣata e oferecer a ela o vaso cheio de oferecimentos.
7:40 – Portanto, admitindo belas virgens e senhoras com as formas do Devatā, adore-as e providencie separadamente vasos para cada uma.
7:41 – A adoração de um Sādhaka que desfruta dos Kula Dravyas sem primeiro oferece-los à Śakti se torna infrutífera e o Devatā nunca fica agradado com isto.

Kulāṣṭaka: as oito Kula-Śaktīs

7:42 – Caṇḍālī, Carmakārī, Mātaṅgī, Pukkasī, Śvapacī, Khaṭṭakī, Kaivartī e Viśva-Yoṣitā são as oito Kula Śaktis (Kulāṣṭaka)

As oito não-Kula-Śaktīs

7:43 – Depois de enumerar as Kulāṣṭakas, as Akulāṣṭaka Śaktis são agora enumeradas: Kandukī, Śauṇḍikī, Śastrajīvī, Rañjakī, Gāyakī, Rajakī, Śilpī e a oitava é a Kaulikī.

Sāhaja Śaktī

7:44-45 – Conhecedora do Tantra e Mantra, virgem ou devotada às Observâncias, uma Yoginī-śakti, que pode ser uma adepta do Samayācāra se ela mesmo vem no momento da adoração é designada como uma Sahajā-Śakti.

Na ausência de Śaktī, a imaginação de Sua Forma

7:46a – Na ausência de qualquer uma das Śaktis acima, deve-se adorar uma senhora de qualquer uma das quatro classes.

Śaktis com boas características e aquelas que devem ser excluídas

7:46b-48 – Ela é chamada de uma Śakti de boas características quem pode ser bela de aparência, jovem, séria, seguidora do Kulācāra, piedosa, desprovida de desconfiança, devotada, adepta do Śāstra, livre de ganância, de um sorriso prazeroso em seu rosto, de fala mansa, devotada ao Guru e ao Devatā, de bons pensamentos, amante dos Kaulikas, livre de ciúmes e inveja, bem versada, interessada na adoração do Devatā, agradável em personalidade e de bom caráter.
7:49-51 – Śaktis que podem ser doentes, ásperas, cruéis, miseráveis e que provocam miséria ao Kula, de mau caráter, desprezíveis, medrosas, gananciosas, apaixonada por alguém, inquieta, preguiçosas, interessada em dormir, de espírito perverso, desprovida de algum órgão, doente, que exala mau odor, feia, tola, velha, insana, irracional, de espírito imundo, sem pudor, briguenta, deformada em aparência, mesquinha, que anda por maus caminhos, muda, coxa ou cega, não são aptas para serem associadas com a adoração e o sacrifício, mês se elas forem iniciadas com Mantras.

Mantras para oferecimento de adoração à Devi

7:52-55 – Portanto, Oh Minha Amada ! toda adoração etc., deve, com água consagrada, ser submetida à Devi com o Mantra de setenta letras:

ॐ ॐ ॐ इतः पूर्वं प्राण बुद्धि देह धर्माधिकार जाग्रत् स्वप्न सुषुप्तिषु मनसा
चेतसा वाचा कर्मणा हस्ताभ्यां पद्भ्यामुदरेण शिश्ना च यत्
स्मृतं यत्कृतं यदुक्तं तत् सर्व गुरवे मत् समर्पितमस्तु स्वाहा ।
oṁ oṁ oṁ itaḥ pūrvaṁ prāṇa buddhi deha dharmādhikāra jāgrat svapna suṣuptiṣu manasā
cetasā vācā karmaṇā hastābhyāṁ padmyāmudareṇa śiśnā ca yat
smṛtaṁ yaktṛtaṁ yaduktaṁ tat sarva gurave mat samarpitamastu svāhā |

Iniciando o pardon

7:56-57 – Deve-se louvar com (Śloka 56). Louvando assim o Sādhaka deve, oferecendo obediência com devoção, adorar toda a família dos membros no Ídolo da Divindade Presidente. Em seguida, com contemplação sobre a Devi em seu coração de lótus (no coração do devoto), e oferecendo Śeṣikā (a sobra), purificar a si mesmo com o Mūla Mantra. O mantra do Pardon é como abaixo:

Jñānato’jñānato vāpi yanmayā kriyate śive |
Tava kṛtyamidaṁ sarvamiti jñātvā kṣamasva me ||56||

Mantra para Seśikā

Aiṁ namaḥ ucchiṣṭa caṇḍāli mātaṅgi |
Sarvaṁ te vaśyaṁ kuru-kuru |

7:58-61 – Este Mantra é de vinte e uma letras, com o qual a guirlanda deve ser oferecida à Śeṣikā. Portanto, o Sādhaka deve contemplar sobre Trailokyamohinī Devi Ucchiṣṭa Mātaṅgī da seguinte forma:

Vīṇāvādyavinodagītanirataṁ nīlāṁśukollasinīṁ
bimboṣṭhiṁ navayāvakārdracaraṇāmākīrṇakeśālakām |
Mṛdvaṅgīṁ siṁtaśaṅkhakuṇḍaladharāṁ māṇikyabhūṣojjvalāṁ
mātaṅgīṁ praṇato’smi susmitamukhīṁ devīṁ śukaśyāmalām ||61||

Explicação dos três elementos pelo Guru aos seus discípulos

7:62-63 – Portanto, levantando o vaso com ambas as mãos (karabhyāṁ, Śloka 62), o Sādhaka deve oferecer a Śrī Gurudeva da Forma de Paraśiva o Segundo Elemento. Em seguida, com ou outros Vīra-sādhakas de seu próprio kula, ele deve adorar Gurudeva. Portanto, fazendo saudações entre si todos os Sādhakas, com a permissão do Guru, bebem sua cota.
7:64 – Levantando o vaso com a mão direita e mostrando a Mudrā com a mão esquerda, recebendo-o junto com o Segundo Elemento, e cantando apropriadamente os Mantras próprios.
7:65 – Tomando um Māṣa de Māṁsa e uma mão cheia de Dravyas, ele deve três vezes purificar seu triplo corpo (grosso, sutil e transcendental/ātmadehatrayaṁ).
7:66 – Para este objetivo, o Gurudeva, com exuberância juvenil e alegre, e com um gesto amável deve chamar os Śiṣyas e oferecer a eles os três elementos.
7:67-69 – Oh Minha Amada ! O Śiṣya deve, com um coração puro e evitando qualquer presunção monetária, tomar as flores etc., presentes de acordo com sua capacidade e oferece-las ao Guru da Forma de Śiva, e com devoção oferecer Aṣṭāṅga-praṇāma (Saudação oferecida com mãos, pés, coxas, peito, testa, olhos, discurso e mente). Portanto, sentado no chão sobre seus joelhos, entrelaçando os polegares de ambas as mãos e estendendo o primeiro dedo para frente, ele deve oferecer Pañcāṅga Praṇāma (Saudação oferecida com mãos, duas coxas, testa, olhos e discurso).

Purificação do corpo do Śiṣya

7:70-72 – Oh Minha Amada ! Portanto, com sua cabeça um pouco curvada, o Gurudeva deve, com o polegar e o terceiro dedo de sua mão esquerda, tocar o mão direita estendida de seu Śiṣya, e com um coração puro, purificar seu corpo físico com os vinte e quatro Tattvas, de Prakṛti a Pṛthivī, e com os Svaras contendo o Vāgbhava bīja (aiṁ), com seu Ātma-tattva (seu Guru).
7:73 – Portanto, como todo mais puro do mais puro dos Tattvas, aquele de Māyā a Puruṣa, e com o Karāja-bīja (klīṁ), unido com Sparśa-varṇas, o Guru, com Vidyā-tattva, purifica o corpo Sutil do Śiṣya.
7:74 – Em seguida, com todos os trinta e seis Tattvas e com Mālinī Bālā, ele deve purificar o Bīja corporificando todos os Bījas com todos os Tattvas.
7:75-77 – Depois disto o Guru, providenciando ao Śiṣya o Ali (vinho) com o segundo, deve proferir a palavra “Śodhaya”. O Śiṣya se curvando um pouco deve, em seguida, e com devoção, sem fazer qualquer som, beber o Cullū (cavidade formada pela junção de ambas as palmas) de Ali providenciado pelo Guru e proferir a palavra “Sarva Tattvaṁ Śodhayāmi”. Em seguida, tocando seu corpo com as mãos, ele deve sentir que todo o seu corpo, da cabeça aos pés, foi purificado.

Distinção de Ātma etc., Tattva-traya e frutos de seu conhecimento

7:78 – Ātma-tattva está confinado no corpo físico; vidyā-tattva é perceptível até no corpo sutil; enquanto que Śiva-tattva se estende até o corpo transcendental (Para-śarīra). O mundo inteiro é da forma dos três Tattvas.
7:79 – Quem realiza ações depois de conhecer os três Tattvas assim a partir da boca do Guru, torna-se Emancipado mesmo nesta vida. Assim é ordenado pelos Śāstras.

Bebendo diante do Guru etc., é proibido

7:80 – Em seguida, depois de tomar os Dravyas, o Guru deve oferecer o restante deles aos Śiṣyas, que devem então beber aquele Āsava como segundo Tattva.
7:81 – Não se deve beber vinho diante do Gurudeva e outros veneráveis e Sādhakas mais velhos. Esta é a ordem dos Śāstras.

Bebendo sem o conhecimento das distinções de Prāṇas e Mantras é proibido

7:82-83 – Quem realiza ações sem o conhecimento sobre a partilha resultante de um entendimento das distinções dos prāṇas e das situações e características da Saudação, encontra perturbações. Deve-se beber com o Mantra somente, caso contrário, aquele que bebe, terá de se submeter a penitências. Portanto, deve-se sempre beber de acordo com as regras dos Mantras dados como abaixo:

7:84-86 – Estes são os Mantras para beber (vinho)

idaṁ pavitramamṛtaṁ piṣāmi bhavabheṣajam |
paśupāśasamucchedakāraṇaṁ bhairavoditam ||84||
citte svātanyasāratvāttadānandamayātmanaḥ |
tanmayatvācca bhāvānāṁ bhāvaścāntarhitā rase ||85||
suṣumnāntaṁ vikāśāya surasastena pīyate |
tasmādimāṁ surāṁ devīṁ pūrṇo’háṁ tvāṁ pibamyaham ||86||

7:87 – Proferindo o mantra acima (ślokas 84-86) e o Mūla Mantra, deve-se tomar Ali (vinho) gradualmente com mente composta.
7:88 – Deve-se oferecer as Libações dos Dravyas com o seguinte mantra (Śloka 89) na Pura Inteligência da forma de Kuṇḍalinī, o qual é resplandecente com milhões de Sóis e que está situada no Triânguo de seu próprio Mūlādhāra.
7:89 – Este é o Mantra para o oferecimento de Libações do Dravyas:

Mahantāpatrabharitamidantāparamāmṛtam
Parāhantāmaye vahnai homasvīkāralakṣaṇan ||89||

Método de beber

7:90 – Assumindo a unidade do Guru, Devatā e Mantra, deve continuar bebendo Madhu (vinho) até a satisfação ser obtida.
7:91 – Diz-se que bebendo um Cullū (cavidade formada pela junção de ambas as palmas das mãos), outorga Siddhis, e beber até a iluminação outorga conhecimento. A pessoa alcança Supremo Estado da bebida. Estas três Realizações foram estabelecidos no sistema do Kula.
7:92 – Beber ao final das refeições é veneno. Semelhantemente, comer no final da bebida é também veneno. Qualquer comida que é ingerida junto com a bebida Surā, deve ser conhecido como Amṛtā.
7:93 – Oh Minha Amada ! Beber junto com a comida é Amṛtā, e beber sem comer somente aumenta o veneno.



Os três tipos de como beber (Divya, Vīra, Paśu)

7:94-95 – Divya, Vīra e Paśu, respectivamente, são os três tipos de modo de beber. Bebendo em frente da Devi é chamado Divya; bebendo com Mudrā e Āsana é Vīra; e bebendo arbitrariamente de acordo com o próprio desejo é chamado de Paśu.
7:96-97 – O fruto de beber em Divya é tanto Prazer quanto Emancipação, o de Vīra é somente Prazer, e o de Paśu é inferno.
7:98 – Enquanto as ilusões visuais, mentais, vocais não surgirem, deve-se continuar bebendo. Excedendo este limite, é chamado de modo Paśu (de beber).

Métodos de beber para aqueles que são totalmente iniciados (Pūrnābh iṣikta)

7:99 – Oh Devī ! Agora exponho o método de beber para aqueles que são totalmente iniciados. Pegando o vaso com ambas as mãos, o Sādhaka deve lembrar o Mūla Mantra e o Pādukā. Bebendo até a garganta depois ele se torna liberado, sem dúvida.
7:100 – Ele deve beber e beber, e novamente beber até cair no chão. Então ele se levanta novamente, e se ele beber novamente, então não há renascimento para ele.
7:101 – Devi está satisfeita pela alegria; Bhairava, em Si mesmo, está satisfeito pelo desmaio, e todos os Devatās estão satisfeitos pelo vômito.
7:102 – Daí, deve-se satisfazer todas as três classes (citadas acima). O prazer derivado pelo Kula Yogīs a partir da indulgência em se beber os Dravyas não é acessível nem mesmo aos Imperadores.
7:103 – O prazer de repartir os Kula Dravyas derivados por aqueles devotados ao Sistema Kula é, em realidade, a Emancipação. Oh Varānane ! Esta é a Verdade.
7: 104 – Oh Kuleśāni ! Assim eu descrevi a você brevemente a Adoração do Baṭuka e das Śaktis etc. Agora, o que mais Você quer ouvir?





iti śrīkulārṇave nirvāṇamokṣadvāre mahārahasye sarvā-
gamottamottame sapādalakṣagranthe pañcamakhaṇḍe ūrdhva-
mnāyatantre baṭukaśaktyādipūjanaṁ nāma
Saptama ullāsaḥ ||7||