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56 - Taittiriya Upanishad (Kṛṣṇa Yajur Veda)



56
Taittiriya Upanishad



Traduzido por:
Swami Nikhilananda
Publicado por:
The Upanishads - A New Translation
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Junho/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library



PARTE UM - Em Siksha ou Pronúncia


CAPÍTULO I — Invocação


Hari Om.


1: Que Mitra possa ser propício a nós! Que Varuna possa ser propício a nós! Que Aryaman possa ser propício a nós! Que Indra e Brihaspati possam ser propícios a nós! Que Vishnu, de passadas largas, possa ser propício a nós!


2: Saudações a Brahman! Saudações a Ti, Oh Vayu! Tu, de fato, és o Brahman visível. Tu, de fato, eu proclamo como o Brahman visível. Tu, de fato, Oh, Vayu, eu proclamo como o correto. Tu, de fato, eu proclamo como a verdade. Que Ele possa proteger-me! Que ele proteja o professor! Que ele possa proteger-me! Que Ele proteja o professor!


Om. Paz! Paz! Paz!


CAPÍTULO II — Lição de Pronúncia


1: Om. Vamos expor siksha, ou a ciência da pronúncia. Trata-se do som, do tom, do volume e da força, da modulação e da combinação. Assim se explica a lição da pronúncia.




CAPÍTULO III— Meditação nas Combinações


1: Possa a glória vir para nós dois juntos! Que a luz de Brahman brilhe semelhantemente através de nós! Agora vamos explicar o Upanishad no Samhita (combinações) sob as cinco cabeças; com relação aos mundos, as luzes celestiais, o conhecimento, a progênie e o atman (corpo) as pessoas chama esses de o grande Samhitas. Primeiro, no que diz respeito aos mundos: A terra é a primeira forma, o paraíso é a última, o akasa é a união, e o ar é o meio. Assim é com relação aos mundos.


2: Em seguida, com relação à luzes celestiais: Fogo é a primeira forma, o sol é a segunda forma, a água é a união, e o relâmpago é o meio. Assim é com relação às luzes celestiais.


3: Em seguida, com relação ao conhecimento: o professo é a primeira forma, o pupilo é a segunda forma, o conhecimento é a união, e a recitação é o meio. Assim é com relação ao conhecimento.


4: Em seguida, com relação à progênie: a mãe é a primeira forma, o pai é a segunda forma, a progênie é a união, e a procriação é o meio. Assim é com relação à progênie.


5: Em seguida, com relação ao Atman: a mandíbula inferior é a primeira forma, a mandíbula superior é a segunda forma, o discurso é a união, e a língua é o meio. Assim é com relação ao Atman.


6: Há o grande Samhita. Quem meditar nesse Samhita, como aqui explicado, torna-se unido com a progênie, com o gado, a luz de Brahman, o alimento e o mundo celestial.




CAPÍTULO IV— Oração para a Sabedoria e a Fortuna




1: Que Ele, Aquele que é o touro dos hinos védicos que assume todas as formas, que surgiu dos hinos imortais dos Vedas – que Ele, aquele Indra, possa alegrar-me com sabedoria. Oh, Deus, que eu possa ser possuidor de Imortalidade! Que o meu corpo seja competente; que a minha língua possa ser muito doce; que eu possa ouvir abundantemente com meus ouvidos. Tu és o invólucro de Brahman, escondido pela inteligência. Guarda para mim o que eu aprendi.


2: Om. Em seguida traga-me, sem atraso, a fortuna acompanhada de lã e de gado – a fortuna o qual sempre me providencia roupas e gado, alimento e bebida. Aumente-os quando eles forem adquiridos, e os preserve por muito tempo quando aumentados. Svaha! Que os brahmacharins possam vir a mim diversos! Svaha! Que os brahmacharins possam vir a mim! Svaha! Que os brahmacharins pratiquem o auto-controle! Svaha! Que os brahmacharins desfrutem de paz! Svaha!


3: Que eu possa me tornar famoso entre os homens! Svaha! Que eu possa me tornar o mais rico dos ricos! Svaha! Oh, Gracioso Senhor, que eu possa entrar em Ti! Svaha! Que Tu possas, Oh Gracioso Senhor, entrar em mim! Svaha! Oh Senhor, eu estou purificando meus pecados nesse Teu Eu, o qual é como um rio de milhares de ramificações. Svaha! Oh, Preservador, assim como as águas fluem para baixo, como os meses sucedem no ano, assim também que os brahmacharins possam vir para mim de todas as direções! Svaha! Tu és um refúgio. Para mim Tu brilhas. Aceita-me em Ti completamente.




CAPÍTULO V — Quatro Enunciados Místicos


1: Bhuh, Bhuvah, Suvah – estes são, na verdade, os três enunciados. Além destes existe um adiante, chamado Mahwah, o qual torna-se conhecido como filho de Mahachamasa. Esse é Brahman, esse é o Eu. Os outros deuses são seus membros. Bhuh é, na verdade, esse mundo; Bhuvah é a região mediana; Suvah é o mundo além; Mahah, o sol. Através do sol, de fato, todos os mundos se fazem notáveis; Bhuh é, na verdade, o fogo; Bhuvah, o ar; Suvah, o sol; Mahah, a lua. Pela lua, de fato, as luzes celestiais tornam-se notáveis. Bhuh é, na verdade, os versos Rik; Bhuvah, o Saman; Suvah, os Yajus; Maha, Brahman. Por Brahman, de fato, todos os Vedas se tornam notáveis. Bhuh é, na verdade, o prana; Bhuvah, o apana; Suvah, o vyana; Mahah, alimento. Pelo alimento, na verdade, todas as respirações se tornam notáveis. Eles, esses quatro, tornam-se quádruplos. Quatro e quatro são os vyahritis. Quem conhece isso conhece Brahman. Todos os deuses trazem oferendas a Ele.




CAPÍTULO VI — Meditação em Saguna Brahman




1: Existe um espaço dentro do coração; nele repousa a Pessoa, consistindo de mente, imortal e luminosa. Sushumna passa através do pedaço de carne que se inclina como um mamilo entre os dois palatos, e termina onde o crânio se divide, e as raízes do cabelo estão separadas. Essa Sushumna é o caminho para a realização de Indra. As almas dos aspirantes, passando através de Sushumna, repousam no fogo, representado por vyahriti Bhuh; eles repousam no ar, representado por vyahriti Bhuvah.


2: Ele repousa no sol, representado por vyahriti Suvah; ele repousa em Brahman, representado por vyahriti Maha. Ele alcança o auto-governante. Ele alcança o senhorio da mente; ele alcança o senhorio do discurso; ele alcança o senhorio da visão; ele alcança o senhorio da audição; ele alcança o senhorio da inteligência. Além disso, ele se torna isso – ele se torna Brahman, cujo corpo é o espaço, cuja natureza é a verdade, que deleita-se na vida e regozija-se na mente, que abunda em paz, que é imortal. Assim deves tu, Oh Prachinayogya, contemplar.




CAPÍTULO VII — Meditação na Natureza Quíntupla e Individual




1: Terra, a região mediana, paraíso, os quadrantes e os quadrantes intermediários. Agni (fogo), Vayu (ar), Aditya (sol), Chandrama (lua), e os Nakshatras (estrelas). Água, ervas, árvores, espaço e o corpo. Tanto com referência aos objetos materiais. Agora com referência ao corpo: o prana, vyana, apana, udana e samana; o olho, o ouvido, a mente, o discurso e o tato; a pele, a carne, os músculos, ossos e medula óssea. Tendo assim ordenado, um Rishi disse: “Tudo o que existe é quíntuplo”. Através do quíntuplo a pessoa se une com os quíntuplos objetos materiais.




CAPÍTULO VIII — Meditação em Om como Brahman


1: Om é tudo isso. Essa sílaba Om é usada para indicar observância. Quando eles estão dizendo: “recite Om”, eles recitam. Proferindo Om, eles cantam as canções Saman. Com “Om, So”, eles recitam as orações. Proferindo Om, o sacerdote adhvaryu dá a resposta. Proferindo Om, o Brahma dá assento. Proferindo Om, é dada permissão para se oferecer oblações no sacrifício Agnihotra. Quando um professor Védico deseja obter Brahman ele profere Om; assim, desejando Brahman, ele verdadeiramente obtém Brahman.




CAPÍTULO IX — Disciplinas


1: As disciplinas são justas e também instruem e ensinam; verdade e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; austeridade e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; auto controle e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; tranqüilidade e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; o acendimento do fogo do sacrifício e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas;; a execução do sacrifico do Agnihotra e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; a hospitalidade dos hóspedes e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; a execução dos deveres sociais e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; a procriação e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas;; a propagação da raça e também o ensino e a aprendizagem dos Vedas; o ponto de vista divergentes sobre o tema: Verdade, por si só, de acordo com Satyvachas da linhagem de Rathitara, deve ser praticada; austeridade, por si só, de acordo com Taponitya, o filho de Purusishti; de acordo com Naka, o filho de Mudgalya, a aprendizagem e o ensinamento dos Vedas sozinho, pois isso é austeridade.








CAPÍTULO X — Um Mantra Por Meditação Diária




1: Eu sou o motor da árvore do universo. Minha fama se eleva nas alturas, como o pico de uma montanha. Minha raiz é o Supremamente Puro Brahman. Eu sou a essência imaculada do Eu, como o néctar da imortalidade que reside no sol. Eu sou o brilho do tesouro. Eu sou o brilho da sabedoria. Eu sou imortal e sempiterno. Assim fez Trisanku, proclamando após a realização do Conhecimento do Eu do Eu.




CAPÍTULO XI — Exortação à Renúncia do Estudante


1: Tendo ensinado os Vedas, o professor assim instruiu o pupilo: Fale a verdade. Pratique o dharma. Não negligencie o estudo dos Vedas. Tendo interposto ao professor o presente desejado por ele, entrando na vida de chefe de família, e vendo que a linhagem da progênie não é cortada. Não se desvie da verdade. Não se desvie do dharma. Não negligencie o bem estar pessoal. Não negligencie a prosperidade. Não negligencio o estudo e os ensinamentos dos Vedas.


2: Não negligencie seus deveres para com os deuses e os Manes. Trate a sua mão como Deus. Trate seu pai como Deus. Trate seu professor como Deus. Trate seus hóspedes como Deus. Todas as ações são impecáveis, estas devem ser executadas – não outras. Qualquer que sejam as boas obras executadas por nós, aquelas devem ser realizadas por nós – não outras.


3: Aqueles brahmins que são superiores a nós – você deve confortá-los dando-lhes assentos. Seja o que for doado, deve ser doado com fé, não sem fé – de acordo com a própria abundância, com modéstia, com medo, com simpatia.


4: Agora, se surgir em sua mente qualquer dúvida sobre qualquer ato, ou qualquer dúvida concernente à conduta, você deve conduzir-se em tais questões como os brahmins conduzem-se – os brahmins que são competentes para julgar, que, por sua própria iniciativa são devotados às boas ações, e não são instados para sua execução por outros, e que não são também severos, mas são amantes do dharma. Agora, com relação às pessoas que falam opostamente, você deve conduzir-se de tal forma como os brahmins conduzem-se – os brahmins que são competentes para julgar, que, por sua própria iniciativa são devotados às boas ações, e não são instados para sua execução por outros, e que não são também severos, mas são amantes do dharma. Essa é a regra. Esse é o ensinamento. Essa é a sabedoria secreta dos Vedas. Esse é o comando de Deus. Isso você deve observar. Isso, por si só, deve ser observado.




CAPÍTULO XII — A Canção da Paz


Que Mitra possa ser propício a nós! Que Varuna possa ser propício a nós! Que Aryaman possa ser propício a nós! Que Indra e Brihaspati possam ser propícios a nós! Que Vishnu, de passadas largas, possa ser propício a nós! Saudações a Brahman! Saudações a Ti, Oh Vayu! Tu, de fato, és o Brahman visível. Tu, de fato, eu proclamo como o Brahman visível. Eu proclamo com o correto. Eu proclamo com a verdade. Aquele proteja-me. Aquele proteja o professor. Ay, aquele proteja-me, aquele proteja o professor.




Om. Paz! Paz! Paz!




* * *




PARTE DOIS – Em Brahmananda, ou a Bem-aventurança de Brahman






CAPÍTULO I — O Invólucro do Alimento


1: Om. Que Mitra possa ser propício a nós! Que Varuna possa ser propício a nós! Que Aryaman possa ser propício a nós! Que Indra e Brihaspati possam ser propícios a nós! Que Vishnu, de passadas largas, possa ser propício a nós! Saudações a Brahman! Saudações a Ti, Oh Vayu! Tu, de fato, és o Brahman visível. Tu, de fato, eu proclamo como o Brahman visível. Tu, de fato, Oh, Vayu, eu proclamo como o correto. Tu, de fato, eu proclamo como a verdade. Que Ele possa proteger-me! Que ele proteja o professor! Que ele possa proteger-me! Que Ele proteja o professor!


2: Om. Que Brahman possa nos proteger! Que Brahman nos outorgue o fruto do Conhecimento! Que nós possamos obter energia para adquirir o Conhecimento! Que o que nós estudarmos se revele a Verdade! Que nós não estimemos o mal estar aos outros! Om. Paz! Paz! Paz!


3: Om. Quem conhece Brahman alcança o Supremo. No acima exposto, o seguinte mantra é registrado: “Quem conhece Brahman, que é a Realidade, Conhecimento e Infinito, oculto na caverna do coração, e no mais elevado akasa – ele, sendo um com o onisciente Brahman, desfruta, simultaneamente, de todos os desejos”. Do Atman nasceu akasa; do akasa, ar; do ar, fogo; do fogo, água; da água, terra; da terra, ervas; das ervas, alimento; do alimento, o homem. Ele, esse homem, verdadeiramente consiste da essência do alimento. Isso, de fato, é a sua cabeça, o braço direito é a asa direita; o braço esquerdo é a asa esquerda, esse tronco é o seu corpo, esse suporte abaixo do umbigo é a sua cauda.




CAPÍTULO II — O Invólucro do Ar-Vital


1: “Do alimento, na verdade, são produzidos todas as criaturas – tudo que habita na terra. Pelo alimento sozinho, além disso, eles vivem e à alimentação eles voltam; pois o alimento, por si só, é o mais velho de todos os seres e, portanto, ele é chamado de a panacéia de tudo”. “Eles que adoram alimento como Brahman, obtêm todo o alimento. O alimento, sozinho, é o mais velho de todos os seres e, portanto, ele é chamado de a panacéia de tudo. Do alimento todas as criaturas nascem: pelo alimento, quando nascem, eles crescem. Por causa do que é comido pelos seres, e porque ele é comido pelos seres, portanto, ele é chamado de alimento”. Verdadeiramente, diferente disso, o qual consiste da essência do alimento, mas dentro dele, está um outro eu, que consiste do ar vital. Por isso o primeiro está preenchida. Isso também tem a forma de um homem. Como a forma humana do primeiro é a forma humana do último. O Prana, de fato, é a sua cabeça; vyana, sua asa direita; apana, sua asa esquerda; akasa é o seu tronco; a terra é a sua cauda, seu suporte.






CAPÍTULO III — O Invólucro da Mente


1: “Os deuses respiram após o prana, assim também os homens e o gado; pois o prana é a vida das criaturas. Portanto, ele é chamado de a vida de tudo. Aqueles que adoram o prana como Brahman, obtêm uma vida plena; pois o prana é a vida das criaturas. Portanto, ele é chamado de a vida de tudo”.


2: Esse invólucro do Prana é a alma corporificada do primeiro. Na verdade, diferente desse invólucro, o qual consiste da essência do prana, mas dentro dele, é o outro eu, que consiste da mente. Por isso o primeiro está preenchido. Assim também tem a forma de um homem. Como a forma humana do primeiro é a forma humana do último. O Yajur Veda é a sua cabeça, o Rig Veda é a sua asa direita, o Sama Veda é a sua asa esquerda, o ensinamento é o seu tronco, os hinos do Atharva Veda e os Angiras são a sua cauda, seu suporte.




CAPÍTULO IV — O Invólucro do Intelecto


1: “Quem conhece a Bem-aventurança de Brahman, de onde todos os mundos juntos, com a mente, afastam-se, incapaz de alcançá-lo, nunca tem medo”.


2: Esse invólucro da mente é a alma encarnada do primeiro. Na verdade, a diferença desse invólucro, o qual consiste da essência da mente, mas dentro dela, é outro eu, que consiste do intelecto. Por isso o primeiro está preenchido. Assim também tem a forma de um homem. Como a forma humana do primeiro é a forma humana do último. A fé é a sua cabeça, o que é correto é a sua asa direita, o que é a verdade é a sua asa esquerda, a absorção é o seu tronco, Mahat é a sua cauda, seu suporte.




CAPÍTULO V— O Invólucro da Bem-Aventurança


1: “O intelecto realiza o sacrifício; ele também realiza todas as ações. Todos os deuses adoram o intelecto, que é o mais velho, como Brahman”. “Se um homem conhece o intelecto como Brahman, e se ele não se desviar dele, ele deixa para trás, no corpo, todas as maldades, e alcança todos os seus desejos”.


2: Essa é a alma encarnada do primeiro. Na verdade, diferente disso, que consiste da essência do intelecto, mas dentro dele, é outro eu, que consiste de bem=aventurança. Por isso o primeiro está preenchido. Isso também tem a forma de um homem. Como a forma humana do primeiro é a forma humana do último. Alegria é a sua cabeça, deleite é a sua asa direita, grande deleite é a sua esquerda, bem aventurança é o seu tronco. Brahman é a sua cauda, seu suporte.




CAPÍTULO VI — Brahman: A Fonte de Tudo




1: “Se uma pessoa conhece Brahman como não existente, ele se torna não existente. Se ele conhece Brahman como existente, então conhece-o como existente”. Essa é a alma incorporada do primeiro. Então, as seguintes perguntas do aluno: Será que alguém que conhece não alcança aquele Mundo depois de partir desta vida? Ou aquele que conhece alcança aquele mundo depois desta vida? Ele desejou: “Que eu possa muitas, que eu possa ter nascido. Ele executa austeridades. Tendo executado austeridades, Ele cria tudo isso – tudo o que existe. Tendo criado tudo isso, Ele entrou nele. Tendo entrado nele, Ele se tornou ambos, manifesto e imanifesto, ambos, o definido e o indefinido, ambos, o suportado e o não suportado, ambos, a inteligência e a não-inteligência, ambos, o real e o irreal. O Satya tornou-se tudo isso: tudo o que existe. Portanto, O chamam de Verdade.




CAPÍTULO VII—Brahman como Destemor




1: “No início tudo isso era não-existente. Dele nasceu o que existe. Aquele foi criado de Si por Si; portanto, Ele é chamado o auto-criado”. Aquele que é o Auto-criado é sabor; pois, verdadeiramente, obtendo o sabor torna-se bem-aventurado. Quem poderia direcionar o prana e o apana se essa Bem-aventurança não existisse no akasa? Brahman, verdadeiramente, existe porque Ele, por si só, confere a bem-aventurança.


Quando um homem encontra apoio destemido em Quem é invisível, incorpóreo, indefinível e não-suportado, ele então obtém o destemor. Se ele faz a menor diferenciação Nele, existe o medo por ele. Aquele se torna o medo para o conhecedor que não reflete.




CAPÍTULO VIII — A Suprema Bem-Aventurança de Brahman


“Do medo Dele o vento sopra; do medo Dele o sol se eleva; do medo Dele Agni, e Indra, e a Morte, o quinto, fogem”.


Agora, esta é uma investigação sobre a Bem-aventurança.


Suponha que um homem jovem – um nobre homem jovem – versado, o melhor dos governantes, firme e forte no corpo, e possuidor de todo o mundo, pleno de riqueza, é seu: que é uma medida da bem-aventurança humana.


Essa bem-aventurança humana, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem-aventurança dos gandharvas humanos, bem como de um homem versado nos Vedas e livre de desejos.


Essa bem-aventurança dos gandharvas humanos, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem-aventurança dos gandharvas celestiais, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


Essa bem-aventurança dos gandharvas celestiais, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem-aventurança dos Manes, que habitam no mundo longamente, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


Essa bem-aventurança dos Manes, que habitam no mundo longamente, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem-aventurança dos deuses nascidos no paraíso Ajna, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


A bem-aventurança dos deuses nascidos no Ajna celestial, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem-aventurança dos deuses do sacrifício, que alcançaram a divindade por meio dos sacrifícios, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


A bem-aventurança dos deuses do sacrifício, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem aventurança dos deuses, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


A bem-aventurança dos deuses, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem aventurança de Indra, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


A bem-aventurança de Indra, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem aventurança de Brihaspati, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.



A bem-aventurança Brihaspati, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem aventurança de Prajapati, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


A bem-aventurança de Prajapati, multiplicada cem vezes, é uma medida da bem aventurança de Brahma, bem como de um homem versado nos Vedas e livre dos desejos.


Aquele que está aqui no homem e que está lá no sol – ambos são um. Quem sabe isso, depois de morrer para esse mundo, alcança o eu que consiste de alimento, alcança o eu que consiste de ar vital, alcança o eu que consiste de mente, alcança o eu que consiste de intelecto, alcança o eu que consiste de bem-aventurança.




CAPÍTULO IX — A Fusão do Bem e do Mal em Brahman




1: “Quem conhece a Bem-aventurança de Brahma, onde as palavras, juntamente com a mente, afastam-se, incapaz de alcançá-Lo – não tem medo de qualquer coisa”. Ele não se aflige com o pensamento: Por que não faço o que é bom: Por que faço o que é mal? Quem quer que conheça isso considera a ambos, esses, como Atman; de fato, ele aprecia ambos esses como Atman. Assim, de fato, é o Upanishad, o conhecimento secreto de Brahman.




A Canção da Paz


Om. Que Brahman possa nos proteger! Que Brahman nos outorgue o fruto do Conhecimento! Que nós possamos obter energia para adquirir o Conhecimento! Que o que nós estudarmos se revele a Verdade! Que nós não estimemos o mal estar aos outros!



Om. Paz! Paz! Paz!




















* * *
















PARTE TRÊS – Com Relação à Varuna e Bhrigu






CAPÍTULO I — Definição de Brahman






Om. Que Brahman possa nos proteger! Que Brahman nos outorgue o fruto do Conhecimento! Que nós possamos obter energia para adquirir o Conhecimento! Que o que nós estudarmos se revele a Verdade! Que nós não estimemos o mal estar aos outros!



Om. Paz! Paz! Paz!


Hari Om.




1: Bhrigu, o filho de Varuna, aproximou-se de seu pai Varuna e disse: “Venerável Senhor, ensine-me sobre Brahman”. Para ele, o filho, ele disse isso: “O alimento, o ar vital, os olhos, os ouvidos, a mente, o discurso”. Para ele, ele disse ainda: “Daquilo do qual esses seres nasceram, Aquele, pelo qual, quando nascido eles vivem, Aquele no qual eles entram, eles se fundem e procuram conhecer. Aquele é Brahman”. O executor de austeridades. Tendo realizado austeridades –






CAPÍTULO II — O Corpo como Brahman




1: Ele percebeu que o alimento é Brahman; do alimento, na verdade, todos os seres nascem; pelo alimento, quando nascem, eles vivem; no alimento eles entram, eles se fundem. Tendo realizado isso, ele aproximou-se de seu pai novamente e disse: “Venerável Senhor, ensine-me Brahman”. Para ele, o filho, ele disse isso: “Procure conhecer Brahman por meio das austeridades. Pois as austeridades são os meios de conhecer Brahman”. Ele praticou austeridades. Tendo praticado austeridades –






CAPÍTULO III — O Prana como Brahman




1: Ele percebeu que o prana é Brahman; pois do prana, na verdade, todos os seres nascem; pelo prana, quando nascem, eles vivem; no prana eles entram, eles se fundem. Tendo percebido isso, ele aproximou-se de seu pai novamente e disse: “Venerável Senhor, ensine-me Brahman”. Para ele, o filho, ele disse isso: “Procure conhecer Brahman por meio das austeridades. Pois as austeridades são os meios de conhecer Brahman”. Ele praticou austeridades. Tendo praticado austeridades –






CAPÍTULO IV — A Mente como Brahman


1: Ele percebeu que a mente é Brahman; pois da mente, na verdade, todos os seres nascem; pela mente, quando nascem, eles vivem; na mente eles entram, eles se fundem. Tendo percebido isso, ele aproximou-se de seu pai novamente e disse: “Venerável Senhor, ensine-me Brahman”. Para ele, o filho, ele disse isso: “Procure conhecer Brahman por meio das austeridades. Pois as austeridades são os meios de conhecer Brahman”. Ele praticou austeridades. Tendo praticado austeridades –




CAPÍTULO V — O Intelecto como Brahman


1: Ele percebeu que o intelecto (vijnana) é Brahman; pois do intelecto, na verdade, todos os seres nascem; pelo intelecto, quando nascem, eles vivem; no intelecto eles entram, eles se fundem. Tendo percebido isso, ele aproximou-se de seu pai novamente e disse: “Venerável Senhor, ensine-me Brahman”. Para ele, o filho, ele disse isso: “Procure conhecer Brahman por meio das austeridades. Pois as austeridades são os meios de conhecer Brahman”. Ele praticou austeridades. Tendo praticado austeridades –




CAPÍTULO VI — A Bem-aventurança como Brahman




1: Ele percebeu que a Bem-aventurança é Brahman; pois da Bem-aventurança, na verdade, todos os seres nascem; pela Bem-aventurança, quando nascem, eles vivem; na Bem-aventurança eles entram, eles se fundem. Essa é a sabedoria ensinada por Varuna e instruída por Bhrigu. Ela está estabelecida no supremo akasa, no coração. Quem conhece isso está estabelecido na Bem-aventurança de Brahman. Ele se torna um possuidor do alimento e do comedor do alimento. Ele se torna grande em prole e gado, e em radiancia espiritual e grande em fama.








CAPÍTULO VII — A Importância do Alimento


(I) Deixe-o (o conhecedor de Brahman) nunca condenar o alimento; que é o voto. O prana é, na verdade, alimento; o corpo é o comedor do alimento. O corpo repousa no prana; o prana repousa no corpo. Assim o alimento repousa no alimento. Quem conhece repouso do alimento no alimento está estabelecido; ele se torna um possuidor de alimento e um comedor do alimento. Ele se torna grande em prole e em gado, e em radiancia espiritual, e grande em fama.








CAPÍTULO VIII — A Importância do Alimento




(II) Deixe-o (o conhecedor de Brahman) nunca abandonar o alimento; que é o voto. A água é, na verdade, alimento; o fogo é o comedor; o fogo repousa na água e a água repousa no fogo. Assim o alimento repousa no alimento. Quem conhece repouso do alimento no alimento está estabelecido; ele se torna um possuidor de alimento e um comedor do alimento. Ele se torna grande em prole e em gado, e em radiancia espiritual, e grande em fama.








CAPÍTULO IX — A Importância do Alimento


(III) Deixe-o (o conhecedor de Brahman) fazer abundante alimento; que é o voto. A terra é, na verdade, o alimento; o akasa é o comedor. O akasa repousa na terra e a terra repousa no akasa. Assim o alimento repousa no alimento. Quem conhece repouso do alimento no alimento está estabelecido; ele se torna um possuidor de alimento e um comedor do alimento. Ele se torna grande em prole e em gado, e em radiancia espiritual, e grande em fama.








CAPÍTULO X — Meditação em Brahman


1: Não o deixe negar a ninguém alojamento: esse é o voto. Portanto, ele deve procurar muito alimento por quaisquer meios. Para os hóspedes, ele deve dizer: “O alimento tem sido preparado para você”. Se esse alimento é dado primeiramente, o alimento chega ao doador primeiramente. Se esse alimento é dado no meio, o alimento se torna o doador no meio. Se esse alimento é dado por último, o alimento chega ao doador por último.


2: Quem conhece isso obtém o fruto mencionado acima. Deve-se meditar em Brahman como a preservação no discurso, como a aquisição e a preservação no prana (alento superior) e o apana (alento inferior), com ação nas mãos, como movimento (caminhar) nos pés, como evacuação no ânus. Essas são as meditações em Brahman através das ações. Em seguida segue-se a meditação em Brahman através dos deuses: deve-se meditar em Brahman como satisfação na chuva, como poder no relâmpago;


3: Como fama no gado, como luz nas estrelas, como procriação, imortalidade e alegria no órgão da procriação, e como todas as coisas no akasa. Deixe-o contemplar Brahman como o suporte e ele será suportado; deixe-o contemplar Brahman como a grandeza ele será grande; deixe-o contemplar Brahman como a mente e ele será dotado com mente.


4: Deixe-o contemplar Brahma como adoração e todos os desejos cairão diante dele em adoração. Deixe-o contemplar Brahman como o Supremo Senhor e ele será dotado com supremacia. Deixe-o contemplar Brahma como o agente destrutivo de seus inimigos que o odeiam, e também daqueles que não o odeiam, e ele perecerá. Esse que está nesse homem e aquele que está no sol, ambos são um.


5: quem conhece isso, como descrito acima, depois da morte (ou seja, retirar) neste mundo, alcança o eu que consiste de alimento, alcança o eu que consiste de ar vital, alcança o eu que consiste de mente, alcança o eu que consiste de intelecto, alcança o eu que consiste de bem-aventurança. então, ele vai para cima e para baixo dos mundos, comendo o alimento que ele deseja, assumindo as formas que ele gosta. Ele senta, cantando a canção da não dualidade de Brahman: “Ah! Ah! Ah!”.


6: “Eu sou alimento, Eu sou alimento, Eu sou alimento! Eu sou o comedor do alimento, Eu sou o comedor do alimento, Eu sou o comedor do alimento! Eu sou o unificador, Eu sou o unificador, Eu sou o unificador!” Eu sou o primogênito da verdade, antes dos deuses e do umbigo da Imortalidade. Ele que me afasta, ele sozinho me preserva. Aquele que come comida – eu, como alimento, come-o. “Eu, como o Supremo Senhor, domino todo o mundo. Eu sou radiante como o sol”. Aquele que sabe isso alcança a Liberação. Assim, de fato, é o Upanishad.




Fim do Taittiriya Upanishad




A Canção da Paz


Om. Que Brahman possa nos proteger! Que Brahman nos outorgue o fruto do Conhecimento! Que nós possamos obter energia para adquirir o Conhecimento! Que o que nós estudarmos se revele a Verdade! Que nós não estimemos o mal estar aos outros!



Om. Paz! Paz! Paz!







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