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22 - Paingala Upanishad (Śukla Yajur Veda)



22 - Paingala Upanishad




Traduzido por:
Dr. A. G. Krishna Warrier
Publicado por:
The Theosophical Publishing House, Chennai
Traduzido para o Português por
Uma Yoginī em seva a Śrī Śiva Mahadeva
Karen de Witt
***
Brasil – RJ
Maio/2010
___________________________
Fonte de Consulta
Vedanta Spiritual Library




Invocação

Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!






CAPÍTULO I


1: Em Seguida, de fato, Paingala aproximou-se de Yajnavalkya como um discípulo, e, tendo servido-lhe por doze anos, disse: Instrua-me no que diz respeito ao supremos mistério do Unicamente.

2: O eminente Yajnavalkya respondeu: Querido, no início isto, certamente, existiu. Foi o eternamente livre, imutável, eternamente único, sem um segundo Brahman, pleno de Verdade, Conhecimento de Bem-aventurança.

3: Nele existia a primordial e indefinível Prakriti, consistindo de Gunas em um estado de equilíbrio, vermelho, branco e preto, assemelhando-se (a existência de) água, prata, um homem e delineia (respectivamente) na miragem do espelho da ostra, um toco e um espelho; o que se refletiu era a Testemunha da Consciência.

4: Tendo sido modificado, como a preponderância de Sattva, e nomeado Avyakta (o Imanifesto), ela (Prakriti) tornou-se a potência do encoberto. O que foi refletido nela tornou-se Consciência Deus. Ele tem Maya sob Seu controle, é onisciente, é o início da causa da criação, sustentador e dissolução (do mundo), e tem a forma do mundo em botão (brotando). Ele manifesta todo o mundo dissolvido Nele. Devido ao poder dos Karmas dos seres viventes, está o (mundo) espalhado como este tecido e, devido à sua exaustão, novamente é (o mundo) encerrado. Nele, por si só, todo o mundo existe como um pano dobrado.

5: Do poder de ocultamento, controlado por Deus, surgiu o Poder da Projeção, chamado Mahat. O que está refletido nele é a consciência de Hiranyagarbha. Ele tem o conceito de propriedade no que diz respeito a Mahat, e tem um corpo, em parte, manifestado e, em parte, imanifesto.

6: Do poder projetivo, controlado por Hiranyagarbha, surgiu a potência da matéria densa, chamada ego, com a preponderância de Tamas. O que foi refletido nele, foi a consciência de Virat. Aquele Virat que tem o conceito no Ego, um corpo manifesto, e é a Pessoa Principal, Vishnu é o protetor de todas as coisas densas. Daquele Eu (Virat), surgiu o éter; do éter, o ar; do ar, o fogo; do fogo, a água, da água, a terra. Estas cinco raízes-elementos são compostos de três Gunas.

7: Desejando criar, aquele mundo-Causa (Deus), controlando a qualidade de Tamas, solicitado a tornar-se as sutis raízes-elementos da matéria densa. Ele bifurcou cada um dos elementos, extremamente limitados, e novamente produziu (duas metades), quatro vezes, e adicionou a cada uma das cinco metades a uma oitava dos outros quatro. Com estes elementos quintuplicados ele criou intermináveis (Crores) dez milhões de macrocosmos e, para cada um destes catorze mundos apropriados e corpos globulares densos, ajustou para cada um dos planos deles todos.

8: Tendo dividido em quatro o Rajas, parte dos cinco elementos, Ele fez Prana com a sua atividade cinco vezes das três partes dele. Da quarta parte (de rajas) ele moldou o órgão da ação.

9: Tendo dividido em quatro partes seus Sattva, fora da combinação dos três dele, ele fez o órgão interno, com a sua atividade em cinco vezes. Da quarta, ele fez os órgãos do Conhecimento.

10: Da combinação de Sattva, ele fez os guardiões dos órgãos dos sentidos. Ele os moldou tendo os criado no macrocosmo. Devido ao seu comando, conjurado com o ego, o Virat protege os elementos grosseiros (do cosmos). Comandado por ele, Hiranyagarbha protege os sutis.

11: No cosmos, eles não podiam, sem Deus, pulsar ou agir. Ele desejou vivificá-los. Dividindo, abriu o macrocosmo, os canais de Brahman, e as coroas dos indivíduos, ele entrou dentro deles. Embora eles fossem inerte, como sensível (seres), eles realizaram, cada um, suas próprias funções.

12: O Senhor onisciente, unido com uma camada de Maya, ao entrar nos corpos individuais, e iludido por ele, tornou-se o Jiva; devido à identificação do eu com os três corpos (ele) se tornou ambos, agente e ceifeiro (dos frutos das ações). Possuindo os atributos de vigília, sonho, sono profundo, desmaio e morte, como uma série de baldes (anexados a uma roda d’água) ele se tornou agitado e, conforme ele nasce e morre, girando como uma roda de oleiro.


CAPÍTULO II

1: Agora, Paingala, perguntou a Yajnavalkya: Como o Senhor onipotente, de todos os mundos, o autor de sua manifestação, sustenta e dissolve tornando-se Jiva?

2: Yajnavalkya respondeu: Vou distinguir entre as formas de Jiva e de Deus, seguindo a geração dos corpos denso, sutil e causal. ouça com atenção exclusiva. Empregando as partes dos elementos quintuplicados, o Senhor molda corpos densos individual e coletivo, respectivamente. A terra é o crânio, pele, intestinos, ossos, carne e unhas. A água é o sangue, urina, saliva, suor e assim por diante. O fogo é a fome, a sede, o calor, o cansaço, a união sexual, etc. o ar são os movimentos, o transporte, a respiração, etc. o éter é a luxúria, a ira etc. O corpo denso com pele, etc., é uma combinação de tudo isto, moldado através das ações; (ele é) a base dos estados como a infância etc., vaidade e numerosas falhas.

3: Em seguida, ele (Deus) manifesta o Prana (o princípio da vida) dos agregados não-quintuplicados das três partes de Rajas, dos elementos grosseiros. A modificação do princípio da vida são o Prana, Apana, Vyana, Udana e Samana. As funções subordinadas de Prana são chamadas Naga, Kurma, Krikara, Devadatta e Dhananjaya. Essas estão fundamentadas no coração, no ânus, no umbigo, na garganta e em todos os membros, respectivamente. Com a quarta parte de Rajas do Akasa, ele manifestou o órgão da ação. Suas funções são (realizadas por) a língua, as mãos, os pés, o ânus e o órgão da procriação. Os objetos destes são o discurso, pegar, movimento, excreção e (sexo) desfrutamento. Semelhantemente, dos agregados destas três partes de Sattva, dos elementos, ele manifestou o órgão interno. Suas funções são a mente, o intelecto, o pensamento e o ego. Os objetos destes são a imaginação, a determinação, a memória, a idéia e a investigação. Eles estão fundamentados na garganta, na boca, no umbigo, no coração e na junção das sobrancelhas. Com a quarta parte de Sattva, dos elementos, ele manifestou o sentido de Conhecimento. Suas funções são os ouvidos, a pele, os olhos, a língua e o nariz. Seus objetos são o som, o toque, a forma, o paladar e o cheiro.

Os senhores dos órgãos (da percepção e da ação) são as direções, o vento, o sol, Prachetas, Asvins, Fogo, Indra, Upendra, Morte, Lua, Vishnu, Brahma e Sambhu (Shiva).

4: Agora, existem cinco invólucros, que são da comida, da respiração vital, da mente, do conhecimento e da bem-aventurança. O invólucro da comida passa a existir da essência da comida, por si só, desenvolvido por ela e é dissolvido na terra, que é predominantemente da natureza da comida. Aquele, por si só, é o corpo grosseiro. As cinco respirações, Prana, etc.; junto com os cinco órgãos das ações constitui o invólucro da respiração vital. O invólucro da mente é a mente junto com os órgãos do conhecimento. O invólucro do conhecimento é o intelecto junto com os órgãos do conhecimento. Estes três invólucros constituem o corpo sutil. O invólucro da bem-aventurança é o conhecimento da própria essência. Este é o corpo causal.

5: A cidade óctupla (o corpo sutil total) consiste de cinco órgãos do conhecimento, os cinco órgão da ação, as cinco respirações, os cinco elementos como éter, etc., os cinco órgãos internos, desejo, ação e Tamas.

6: Vishva (é) o eu do conhecimento, uma reflexão de Sat, o empírico (ser), tendo presunção no corpo grosseiro do estado de vigília. O campo das ações (ou nascimento das ações) é também de Vishva.

7: Pelo comando de Deus, o Sutratman (Hiranyagarbha) entrou no corpo sutil do indivíduo e supervisionando a mente, torna-se o Taijasa. Taijasa é a aparência. Sonho moldado é um nome de Taijasa.

8: Pelo comando de Deus (o Eu) com o auxílio de Maya, junto com o Imanifesto, entrando o corpo causal individual, torna-se Prajna. O Prajna é indiferenciado, real, “Tendo idéia em sono profundo” é o nome de Prajna.

9: Os textos como Tattvamasi, declaram a identidade com Brahman do Jiva real oculto pela ignorância e parte do imanifesto; não dos outros dois, o empírico e ilusório Jivas (no estado de vigília e de sonho).

10: A consciência refletida no órgão interno participa nos três estados. Imerso nos estados de vigília, sonho e sono profundo, como uma cadeia de baldes atrelados à roda d’água, e aflito, ele (o Jiva) é como se fosse nascido e morto.

11: Agora, existem cinco estados – vigília, sonho, sono profundo, desmaio e morte. O estado de vigília consiste no conhecimento dos objetos como som, etc.; por meio dos órgãos do conhecimento como ouvido etc., quando auxiliado pela respectiva (guardião) deidades. O Jiva estacionado na junção das sobrancelhas, e permeando todo o (corpo) dos pés à cabeça, torna-se o agente de todos os tipos de atividades (like tilling and heaving). Além disso, o ceifeiro de seus respectivos frutos. Migrando para o(s) outro(s) mundo(s), por si só, ele colhe o fruto de (suas) atividades. Cansado, devido às atividades, como um imperador, ele toma o caminho que conduz à câmara interna (um novo corpo).

12: Quando os instrumentos de (percepção e ação) cessam de operar, o estado de sonho vem no ser no qual existe o conhecimento dos objetos e de sua percepção, devido ao meio despertar das impressões do estado de vigília. Lá, Vishva, em si mesmo, devido à cessação das atividades empíricas, move-se no sistema de nervos e se tornando Taijasa, desfruta livremente da raridade do mundo, consistindo de impressões latentes que ele ilumina com sua luz.

13: os instrumento do sono profundo é a mente, por si só. Assim como um pássaro, exausto pelos vôos aleatórios, dobra as suas asas e se move para o seu ninho, assim o Jiva, também, gracejando nas esferas de vigília e sono, e exausto, mergulha na ignorância e desfruta da própria felicidade.

14: O (estado de) desmaio é como aquele da morte, com os órgãos dos sentidos agitados devido ao medo e da inconsciência, quando golpeada com um taco, vara etc., acidentalmente.

15: Diferente dos estados de vigília, sonho, sono profundo e desmaio e, ocasionando medo para todos os Jivas, de Brahman até uma moita (de grama etc.), e resultando na queda do corpo, é o estado da morte.

16: Retirando os órgão da ação e da percepção, e os ares vitais correspondente aos objetos variados, e participado pelos desejos e ações, e envolto na ignorância e (o sutil) elementos, o Jiva vai para outro mundo. Devido ao amadurecimento dos frutos de ações anteriores, como um verme capturado em um redemoinho de água, (o Jiva) agora ganha o repouso.

17: Como um resultado de boas ações passadas, ao final de muitas vidas, os homens buscam a liberação. Então, recorrendo a um professor de Auto-realização (fielmente) servindo-lhe por longo tempo, investiga-se em escravidão e liberação.

18: Escravidão resulta da falta de instrução; liberação resulta da instrução. Portanto, deve-se investigar sempre. A própria natureza pode ser determinada através da sobreposição e seu repúdio. Portanto, sempre investigue (sobre a natureza) do Eu individual e do supremo Eu. Quando o estado de Jiva e aquele do mundo são sutilizados, Brahman, por si só, não-diferente do Eu interior, permanece.


CAPÍTULO III


1-2: Em seguida, Paingala disse para Yajnavalkya: estabeleça a explicação do(s) texto(s) maior (es) [Maha-vakyas]. Yajnavalkya respondeu. Tu és Aquele; Tu Aquele és; Tu és Brahman; Eu sou Brahman – deve-se meditar assim.

3: O sentido expresso da palavra “TAT” é o mundo da causa, marcado por “não-eu” (mediação), tendo o Ser, Consciência e Bem-aventurança como suas características, Maya como seu complemento e onisciência etc., como suas características. O mesmo com a consciência misturada com o sentido interior, o objeto da noção de Eu, é expressado significando de “TVAM”. Rejeitando os auxiliares do supremo (Deus) e o Jiva, ou seja,: Maya e avidya, o sentido indicado de TAT e TVAM é Brahman, o não diferente do Eu interno.

4: A “audição” é a investigação sobre importantes preposições tais como “Aquele Tu és” e “Eu sou Brahman”. A reflexão é a exclusiva habitação sobre o conteúdo daquilo que foi ouvido. A meditação é o fixar da mente em um ponto da realidade, removendo as dúvidas através da investigação e da reflexão. A concentração, semelhante a uma chama em um local sem vento, é o pensamento (chitta), cujo conteúdo é exclusivamente o objeto meditado, exclusivo do agente, e o ato da meditação.

5: Então, as modificações (da mente), referentes ao Eu, embora disparadas, permanecem imperceptíveis; elas são apenas inferidas da memória. Por isso (Samadhi), por si só, são dissolvidas (Crores) dez milhões de vezes das ações acumuladas no curso da existência transmigratória desde o princípio. Através da prática hábil, por esta razão, então, flui, de mil maneiras, fluxos de néctar. Portanto, os melhores conhecedores de yoga, chamam (isto) concentração Dharmamegha, nuvem de virtudes. Quando as malhas das impressões latentes são inteiramente eliminadas pela virtude dela e a acumulação das ações, boas e más, arrancadas pelas raízes, a proposição (cujo conteúdo foi) mediada mais cedo em realização produzida desimpedida e imediatamente (semelhante, certamente) à groselha na palma (de sua mão). Então, ele se torna liberado na vida.

6: Deus desejou a não quintuplicação dos elementos quintuplicados. Liderando o macrocosmo efetuado e os mundos incluídos neste estado causal, unificando os órgãos sutis da ação, os ares vitais, os órgãos da percepção e o quatro vezes sentido interno, reduzindo todos os (efeitos) elementos ao cinco vezes causa, (ele) dissolve em (devido) ordem a terra na água, a água no fogo, o fogo no ar, o ar no éter, o éter no ego, o ego em Mahat, Mahat no imanifesto e o imanifesto no Espírito (Purusha). Devido à dissolução dos adjuntos, Virat, Hiranyagarbha e Deus são dissolvidos no supremo Eu.

7: Tendo se tornado não quintuplicado através da atenuação das (o acumulado) ações e do amadurecimento das boas ações, e com o sutil (corpo), retornando para a causa e sua causa, o corpo denso gerado pelas ações faz, através dos elementos grosseiros quintuplicados se tornar não quintuplicados, e se dissolve no imutável Eu interno. Vishva, Taijasa e Prajna se dissolvem no mesmo, devido à dissolução de seus adjuntos.

8: O microcosmo consumado no fogo do conhecimento, junto com (sua) causa, é dissolvido no supremo Eu. Portanto, o Brahmana deve, concentradamente, habitar na identidade (do conteúdo) dos termos TAT e TVAM. Daí, quando as nuvens são dissipadas conforme o sol (brilhar adiante), o Eu é manifestado.

9-10: Meditando no Eu, do tamanho de um polegar, no centro (do coração?) como uma chama sem fumaça, meditada no Eu iluminando no centro, imutável e imortal. O sábio silencioso, Liberado em vida, senta-se meditando até o sono, até a morte; ele é o abençoado que tem executado seu dever.

11: Desistindo do estado de Liberação em vida, quando o corpo é consumido pelo tempo, ele alcança o estado de liberação desencarnado como o vento se torna imóvel.

12: Aquele imortal e, certo (um), desprovido do som, do toque, da forma, sabor ou cheiro, sem início e sem fim, além de Mahat, por si só permanece sem impureza e sofrimento.



CAPÍTULO IV


1: Então, Paingala perguntou a Yajnavalkya: Como é que um conhecedor (Jnanin) age? Como é que ele fica em repouso?

2: Yajnavalkya respondeu: Um buscador da liberação, tendo adquirido a liberdade do egoísmo etc., leva 21 gerações (de seus ancestrais e descendentes) cruzarem o (mar de samsara). O conhecedor de Brahman, por si só, faz 101 gerações.

3: Conhecendo o eu como sendo o condutor da carruagem; o corpo, na verdade, é a carruagem; o intelecto é o cocheiro, e a mente são as rédeas.

4: Os sentidos, dizem os sábios, são os cavalos; os objetos são o que eles alcançam mais; os corações são os movimentos de (many-storeyed mansions).

5:Os grandes sábios afirmam que o Eu combinado com os órgãos dos sentidos e a mente é o experimentador. Portanto, no coração, de imediato, Narayana está bem estabelecido.

6: Até (o esgotamento de) das ações trabalhadas, o Eu liberado e sem lar, comporta-se como o charco de uma serpente, como a lua (no céu).

7: Deixando o corpo em um local santo ou (pode ser) na casa de um comedor de carne de cães, (o liberado) alcança o Isolamento.

8: Depois, fazendo um oferecimento deste corpo aos pontos cardeais, ou enterrando (seu corpo). Mendicância é prescrita para o homem, nunca para os outros.

9: a não observância do (período de) poluição, o não incineramento (do corpo), o não oferecimento de bolas de arroz, ou de água, a não realização dos ritos quinzenais (como previstas) para um mendicante que se tornou Brahman.

10: Não há incineramento do que (já) foi consumado, assim como não há cozimento do que (já) foi cozido. Para aquele cujo corpo está consumado no fogo do conhecimento, não existe nem oferenda cerimonial do arroz, nem qualquer (outro) rito (de funeral).

11: Enquanto longamente como os adjuntos (corpo etc.) permanecem, permita-se aguardar o professor. Deixe-o tratar a esposa do professor e seus filhos como faz o professor consigo mesmo.

12: Quando, como o conhecimento, “Eu sou Aquele!”, “Eu Sou Aquele” – eu, cuja mente é pura essência, é puro Espírito, está por muito tempo sofrendo – a sabedoria é obtida, quando o objeto do conhecimento, o supremo Eu, está estabelecido no coração; quando o corpo está dissolvido no estado de Paz alcançado, então se torna destituído da mente luminosa e do intelecto.

13: De que serve a água para quem esteve preenchido de ambrosia? Semelhantemente, (para alguém) que conheceu seu Eu, de que serve os Vedas? Nenhum dever permanece para o yogue que esteve preenchido da ambrosia do conhecimento. Se o dever existe, ele não é conhecedor da Verdade. Embora parado a uma distância, ele não está distante; embora encarnado, ele está desencarnado; ele é o onipresente Eu interior.

14: Tornando o coração puro, contemplando o bem-estar (de todos), deve-se experimentar a suprema alegria no pensamento, “Eu sou o supremo, o Todo”.

15: Assim como não há diferença quando a água é derramada na água, o leite no leite, e o ghee no ghee, assim também é com o Eu individual e o supremo Eu.

16: Quando o corpo é queimado pelo conhecimento e o conhecimento se torna infinito em forma, então, o conhecedor consome o cativeiro do Karma no fogo do conhecimento de Brahman.

17: Daí (segue o estado de) o santo não dual (Realidade), chamado o Supremo Senhor, como até o céu imaculado. A natureza do Eu, respeitando, sem adjuntos, é como (aquele de) água misturada com água.

18: Como o éter o Eu no corpo sutil. O Eu interior como o ar não é percebido. Aquele Eu interior imóvel percebe o externo (manifesto) com a tocha do (objetivo) conhecimento.

19: O conhecedor, morto, não importa se devido a qualquer (forma de) morte, é dissolvido (em Brahman que é) como o céu todo permeante.

20: Esta dissolução ele conhece, na verdade, como o espaço do pote (no espaço infinito). Ele alcança (o estado de) a luz auto-sustentada do conhecimento todo-permeante.

21: Permanentemente em um pé, deixe o homem fazer austeridades por uns 1.000 anos; mas (aquela austeridade) é inferior a um décimo sexto deste yoga de meditação.

22: Este é o conhecimento; isto é para ser conhecido; um desejo de saber tudo isso. Se ele fosse viver (mesmo) por uns 1.000 anos, ele não chegaria ao final dos Shastras.

23: O que deve ser conhecido é somente o Imperecível; (mas) a vida é fugaz. Evitando os labirintos dos Shastras, medite na Verdade (somente).

24: Ações são infinitas – purificação, murmúrios, (de nomes santos), sacrifícios, peregrinações a lugares santos. Estes (são válidos) somente até a Verdade ser obtida.

25: No que se refere às grandes almas, a causa da liberação é certo é (o conhecimento) “Eu sou Brahman”. As duas palavras determinando escravidão e liberação são “meu” e “não meu”.

26: A importância de “meu” une os seres viventes; ele é liberado por aquela de “não meu”. Quando a mente está dementada já não há dualidade percebida.

27: Quando a demência é alcançada, Aquele se torna o estado supremo. Onde, então, a mente vai, existe, em verdade, o supremos estado.

28: Assim, existe, em toda parte, Brahman está bem estabelecido. Para aquele que sustenta “Eu não sou Brahman”, a liberação não é possível; (é tão fútil) como golpear o céu com os punhos cerrados, ou um homem, com fome, mastigar joio.

29: Quem quer que estude o Upanishad como um hábito (todo dia) é purificado pelo fogo (como se fosse); pelo ar; pelo sol; por Vishnu; por Rudra. Ele se banha em todas as águas sagradas. Ele é versado em todos os Vedas; realiza todos os ritos sagrados ensinados por todos os Vedas. Ele tem, ritualmente, murmurado cem mil de Itihasas e Puranas e centenas de vezes os (tantras) de Rudra. Ele tem murmurado um milhão de vezes a sagrada sílaba OM. Ele resgata dez gerações de sua linhagem, passada e futura. Ele purifica (the rows of diners) do qual ele é um número. Ele se torna grande. Ele é purificado dos pecados de matar um Brahmana, beber, furtar, adulterar com (mesmo um) cônjuge de professor e da associação com aqueles que são culpados disto.

30: Aquele supremo Estado de Vishnu propaga-se, como um olho, no céu, os iluminados sempre o observam.

31: O sábio, sempre vigilante e diligente em louvor, glorifica ricamente Aquele supremo Estado de Vishnu.

32: OM – Verdade – Este é o ensinamento secreto.



Invocação


Om! Aquele (Brahma) é infinito, e este (universo) é infinito.
O infinito procede do infinito.
(Então) tomando a infinitude do infinito (universo),
Ele permanece como o infinito (Brahma) sozinho.
Om! Deixe haver Paz em mim!
Deixe haver Paz em meu ambiente!
Deixe haver Paz nas forças que atuam em mim!



Aqui termina o Paingalopanishad pertencente ao Sukla-Yajur-Veda.





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